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SEMI-CONFINAMENTO


Publicado em: 01/04/2010 às 02:14hs

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O sistema de confinamento consiste na engorda de animais onde o produtor utiliza as pastagens como fonte de volumoso e fornece ração concentrada nos cochos dispostos nos piquetes ou invernadas. Trata-se de um sistema de terminação de animais prático e economicamente viável. Além de proporcionar incremento no ganho de peso dos animais o semi-confinamento tem como função também proporcionar uma boa cobertura de gordura na carcaça atendendo assim as exigências de animais terminados por parte dos frigoríficos.

Este sistema de engorda vem crescendo ano após ano no Brasil, nos últimos 3 anos, segundo dados da AgraFNP, o número de animais semi-confinados no Brasil teve um crescimento de 13%, saltando em 2005 com um rebanho de 2.481.000 cabeças para 2.804.000 de cabeças em 2008, tendo como os principais Estados semi-confinadores Mato Grosso do Sul, Mato Grosso Goiás e São Paulo.

Algumas variáveis devem ser analisadas e planejadas para que o produtor tenha sucesso na implantação deste sistema produtivo como: aptidão dos animais a serem semi-confinados (optar por animais em faixa etária e com potencial genético que proporcione ganhos de pesos satisfatórios), fatores mercadológicos (valor da @ do boi, insumos em geral, etc) e principalmente o planejamento de reserva de pastagens para a utilização como fonte de volumoso para este sistema de engorda. Sem este tipo de preparo (pastagem) este sistema não trará os resultados para o produtor rural, pois a base alimentar será a pastagem e a ração concentrada será a potencializadora de ganho de peso e acabamento de gordura destes animais. Sem qualidade e quantidade de forragem utilizando-se apenas ração os animais não responderão aos ganhos desejados, podendo assim causar prejuízos ao produtor rural.

A atividade de semi-confinamento geralmente é mais utilizada na época de inverno (entre-safra), porém pode também ser realizada nos períodos chuvosos do ano da mesma forma que no período seco, a única modificação será a quantidade de ração concentrada fornecida entre estas épocas (na época de chuva fornece-se menor quantidade de ração concentrada que na época seca do ano para que o animal ganhe, por exemplo, 1 kg de peso vivo). Quando o produtor optar em realizar esta atividade no inverno é de extrema importância reservar pastagens durante a época chuvosa para serem utilizadas na época da seca. Mesmo que estas pastagens apresentem aspecto ressecado (comumente chamadas de buchas) encaixam-se perfeitamente como volumoso de qualidade para esta atividade, pois as deficiências nutricionais nesta fase serão supridas através da ração concentrada. O importante é preservar a quantidade e disponibilidade desta pastagem. 

Outro ponto importante é o fornecimento correto da ração concentrada, no que tange quantidade e horários. Este deve ser realizado diariamente nas quantidades corretas por lote de animais, sempre nos mesmos horários e de preferência duas vezes ao dia. Quanto mais irregular for o fornecimento da ração concentrada, piores serão os resultados produtivos. Outro ponto importante é realizar o primeiro fornecimento de ração do dia após as 9:00 h da manhã, pois desta forma preservaremos o grande pastejo dos animais que ocorre sempre nas primeiras horas da manhã. Atentar também para as áreas de cocho, para não haver competição na hora da alimentação e com isso termos animais que não comam as quantidades corretas. Uma medida de sugestão para esta finalidade é de 40 cm por cabeça.

A ração concentrada é um ponto extremamente importante que possibilitará o fechamento da dieta utilizando-se a pastagem como fonte de volumoso e suprindo as deficiências que esta pode contar, principalmente na época seca. Uma boa ração concentrada é aquela que traz em sua composição toda a parte de minerais, vitaminas, proteína bruta e energia que somada aos nutrientes oriundos do alimento volumoso (pastagens) serão condizentes com o atendimento do requerimento nutricional diário do animal. Este atendimento do requerimento nutricional também esta correlacionado com a chamada biodisponibilidade deste alimento para o animal, ou seja, o que o animal ingere deste alimento e o que realmente é aproveitado para ser transformado em massa corporal. A biodisponibilidade dos alimentos veiculados nas rações está intimamente ligada à qualidade das matérias primas utilizadas, bem como os balanceamentos e as utilizações conjuntas de fontes de energias e proteínas. Outro ponto importante neste alimento é a utilização de adit
ivos promotores de crescimentos, que possuem a função de otimização de flora ruminal e com isso podem trazer incrementos produtivos nas taxas de 10-15% em ganhos de peso.

Contudo é muito importante as devidas orientações técnicas de profissionais habilitados e capacitados para a confecção correta de dietas e planos nutricionais para esta atividade e com isso resguardar o produtor rural de possíveis perdas e assegurá-lo para o sucesso desta importante atividade de engorda de animais.

A Evialis do Brasil, com as marcas Socil e Zoofort, possuí uma atuação fortíssima neste segmento produtivo, levando ao produtor rural rações concentradas de alta tecnologia e biodisponibilidade para ganhos de peso, associada a toda parte de orientações técnicas e acompanhamentos, através de equipe técnica composta por zootecnistas, engenheiros agrônomos e médicos veterinários, para esta importante atividade produtora de carne no Brasil. 

João Trivellato, gerente de produtos ruminantes / Socil-Evialis
 

Fonte: Alfapress Comunicação

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