Nutrição

Suplementação de bovinos de corte no período seco é um dos destaques da Guabi durante a Feicorte

José Leonardo, zootecnista e gerente de produtos ruminantes, explica a importância da suplementação


Publicado em: 05/06/2012 às 08:15hs

Suplementação de bovinos de corte no período seco é um dos destaques da Guabi durante a Feicorte

A Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), que será realizada, entre os dias 11 a 15 de junho, no Centro de Exposições Imigrantes, chega a sua 18ª edição com expectativa de público de 25 mil pessoas. O evento é considerado a principal vitrine do setor da pecuária de corte e reunirá os principais criadores, profissionais e empresas do ramo.

O Grupo Guabi, um dos maiores produtores de rações e suplementos do país, estará apresentando a importância da suplementação no período seco e coloca à disposição dos visitantes sua linha de produtos. Na ocasião, os pecuaristas terão a oportunidade de conhecer as linhas de ureados (Guabiphos 40 Uréia e Guabiphos 55 Uréia), proteinados (Guabiphos 30 RM Secas e Guabiphos 50 RM Secas), proteico/energético (Guabiphos Supripasto 30 RM) e o Supripasto 28, produto indicado para bovinos em regime de semiconfinamento, dentre outros produtos.

O aumento da eficiência produtiva quase sempre é limitado pela deficiência nutricional presenciada pelos animais ao longo do seu crescimento. Por definição, o animal só desempenhará satisfatoriamente suas funções produtivas e reprodutivas, quando forem disponibilizados a ele nutrientes em quantidade e qualidade adequados.

A criação em sistema de produção - baseado quase que exclusivamente na exploração das pastagens é comumente observado no Brasil - torna-se praticamente impossível conciliar a produção de forragem de alta qualidade, durante todo o ano, com a demanda de nutrientes dos animais.

A produção pecuária dos países localizados no trópico sul é afetada pela estacionalidade da produção de forragens. Este fato gera a necessidade de suplementação mineral e protéica dos bovinos no período seco do ano, quando o objetivo dos pecuaristas é o incremento do ganho de peso dos animais.

Na tentativa de elevar a produção de forragem, muitos produtores vedam piquetes precocemente, o que resulta em aumento do intervalo entre cortes do capim. Este ato ocasiona alterações significativas na estrutura e composição do capim, que será pastejado pelo animal. A maior altura do dossel forrageiro será representada por incremento de haste, que apresenta valor nutritivo bem inferior às folhas.

Quanto maior a altura do dossel forrageiro, no momento do pastejo, maior o tempo para realização de um bocado, o que poderá acarretar em menor consumo de forragem ao longo de um dia de pastejo. A forragem consumida apresentará menores teores de minerais e proteína bruta, porém maior teor de fibra.

A redução percentual do teor de proteína bruta é bem mais significativa que a queda no teor de NDT (Nutrientes Digestíveis Totais), o que resulta no aumento da relação NDT:PB. Quando esta relação excede 7:1, o consumo de matéria seca é prejudicado, pois o aumento desta relação indica a falta de nitrogênio fermentescível no rúmen, substrato fundamental para que os microrganismos do rúmen degradem alimentos fibrosos.

A deficiência de fontes nitrogenadas no rúmen, principalmente oriundas de fontes de proteína verdadeira (ex: farelos protéicos), resulta em menor síntese de proteína microbiana e, consequentemente, redução no aporte de aminoácidos no duodeno, fato que também explica redução de consumo. Por isto, não é incomum resultado de desempenho insatisfatório no período seco do ano, quando bovinos não são suplementados com fontes protéicas adequadas.

Em última análise, ao suplementar os animais com nutrientes limitantes na forragem (proteína, energia e minerais), no período seco do ano, haverá incremento no consumo de forragem, bem como maior digestibilidade do alimento consumido. A adoção desta prática elimina o chamado “boi sanfona”, animal que perde peso no período seco do ano, fato que compromete a eficiência econômica e produtiva de qualquer propriedade. 

Animais mantidos em regime de pasto, não suplementado no período seco, conviverão com deficiência nutricional (proteica, energética e mineral), o que resultará em perda de peso. Ao consumir o suplemento adequado a deficiência nutricional será corrigida, proporcionando ganho de peso animal. Em média, um animal que perderia aproximadamente 0,2 kg de peso vivo por dia, quando não suplementado, apresentará ganhos de peso que vão variar de 0,2 kg (proteinado), 0,4 kg (protéico/energético) até 1,0 kg/dia (ração de semiconfinamento), desde que haja boa oferta de forragem.

Com 37 anos no mercado, o Grupo Guabi é hoje um dos maiores produtores de rações e suplementos do país e conta com oito unidades fabris localizadas em Campinas (SP), Bastos (SP), Sales Oliveira (SP), Pará de Minas (MG), Anápolis (GO), Além Paraíba (MG), Goiana (PE) e São Gonçalo do Amarante (CE).

Fonte: LN Comunicação

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