Nutrição

Custo de Nutrição se Destaca em Meio à Estabilidade do Mercado de Frango no Brasil

Superação de Questões Sanitárias Reflete-se em Preços e Exportações


Publicado em: 28/10/2024 às 11:00hs

Custo de Nutrição se Destaca em Meio à Estabilidade do Mercado de Frango no Brasil

O mercado brasileiro de frango apresentou uma variação de preços, que se mostraram estáveis a ligeiramente elevados, tanto para o quilo vivo quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição durante a última semana. Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, os custos de nutrição animal permanecem como uma preocupação central, especialmente em função do recente comportamento do milho no mercado interno.

Iglesias também destacou que as exportações estão em um ritmo intenso, indicando que as questões sanitárias foram adequadamente superadas. No segmento atacadista, os preços firmes foram evidentes ao longo da semana, com um ambiente comercial que sugere um aumento dos preços no curto prazo, mesmo em um período caracterizado por uma demanda relativamente baixa. “Esse movimento decorre do recente aumento nos preços da carne bovina, que tem ampliado a competitividade da carne de frango, cuja faixa de preço é inferior em comparação a outras proteínas”, concluiu o analista.

Análise dos Preços Internos

Conforme levantamento realizado pela Safras & Mercado, o mercado atacadista de São Paulo apresentou flutuações nos preços dos cortes congelados de frango. O quilo do peito subiu de R$ 10,60 para R$ 10,80, enquanto o preço do quilo da coxa permaneceu em R$ 8,00. O quilo da asa teve um leve aumento, passando de R$ 12,50 para R$ 12,60. No segmento de distribuição, o preço do peito avançou de R$ 10,80 para R$ 10,90, o quilo da coxa ficou em R$ 8,20 e o da asa subiu de R$ 12,75 para R$ 12,80.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também revelou alterações nas cotações. O preço do quilo do peito aumentou de R$ 10,70 para R$ 10,90, enquanto a coxa permaneceu estável a R$ 8,10. O preço do quilo da asa aumentou de R$ 12,60 para R$ 12,70. Na distribuição, o peito teve um acréscimo, passando de R$ 10,90 para R$ 11,00, com a coxa mantendo-se em R$ 8,30 e a asa subindo de R$ 12,85 para R$ 12,90.

O levantamento semanal indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo do frango continuou em R$ 5,40, enquanto em São Paulo, a cotação foi de R$ 5,50. Na integração catarinense, o preço permaneceu em R$ 4,25, e na integração do oeste do Paraná, em R$ 4,00. No Rio Grande do Sul, o preço foi mantido em R$ 4,00.

Em Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango se manteve em R$ 5,35, o mesmo ocorrendo em Goiás e no Distrito Federal. Já em Pernambuco, o preço caiu de R$ 6,90 para R$ 6,40, no Ceará de R$ 6,90 para R$ 6,50, e no Pará, de R$ 7,00 para R$ 6,70.

Exportações em Alta

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, geraram um total de US$ 554,758 milhões em outubro (considerando 14 dias úteis), com uma média diária de US$ 39,625 milhões. O volume total exportado pelo Brasil alcançou 286,609 mil toneladas, resultando em uma média diária de 20,472 mil toneladas. O preço médio por tonelada ficou em US$ 1.935,60.

Em comparação com outubro de 2023, houve um aumento de 25,8% no valor médio diário, uma alta de 14,9% na quantidade média diária e um avanço de 9,4% no preço médio. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Fonte: Portal do Agronegócio

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