Nutrição

Atenção Redobrada na Gestação de Suínas é Crucial para Evitar Perdas Econômicas

Mortalidade embrionária e fetal pode ser influenciada por causas infecciosas e manejo inadequado, alerta especialista


Publicado em: 02/09/2024 às 15:00hs

Atenção Redobrada na Gestação de Suínas é Crucial para Evitar Perdas Econômicas

O período de gestação das fêmeas suínas é uma fase crítica que exige acompanhamento rigoroso para garantir a saúde dos leitões e a viabilidade econômica da produção. De acordo com Fernando Zimmer, zootecnista da Auster Nutrição Animal, a mortalidade embrionária e fetal durante essa fase pode ser desencadeada por diversas causas, incluindo infecções patogênicas e falhas no manejo.

"O período gestacional, que geralmente dura entre 112 e 116 dias, é essencial para o aumento da população de leitões, mas também é marcado por desafios como as mortes embrionárias e fetais", explica Zimmer. Ele ressalta que as causas dessas perdas podem ser infecciosas, decorrentes de agentes patogênicos, ou não infecciosas, relacionadas a fatores genéticos, ao próprio organismo das fêmeas, ou a um manejo inadequado.

A partir dos 35 dias de gestação, há registros de mortes fetais, um momento em que os fetos já estão mais desenvolvidos e não são mais absorvidos pelo corpo da fêmea. "Nesse cenário, encontramos fetos mumificados, mortos entre 35 e 90 dias de gestação, e natimortos, que são os fetos que morrem após os 90 dias", detalha Zimmer. Os fetos mumificados apresentam-se com aspecto de múmia, desidratados e com coloração enegrecida, enquanto os natimortos são praticamente desenvolvidos e podem ser classificados em pré-parto, intra-parto e pós-parto.

As causas infecciosas da mortalidade embrionária e fetal podem ser atribuídas a diversos patógenos, como circovírus suíno, parvovírus, Leptospira sp., Brucella suis e a doença de Aujeszky. Por outro lado, as causas não infecciosas estão frequentemente associadas a falhas no manejo e ao estado fisiológico das fêmeas. "De maneira geral, as ocorrências não infecciosas, como alta prolificidade, idade avançada das matrizes, longos períodos de parto e baixo peso dos leitões ao nascer, são as mais comuns", acrescenta Zimmer.

Falhas de manejo, como o inadequado índice de escore corporal das fêmeas no momento da cobertura, estresse, falhas na ambiência das matrizes, ingestão insuficiente de água, partos complicados e alimentação inadequada, também desempenham um papel crucial na mortalidade embrionária e fetal. "Esses fatores podem gerar prejuízos significativos à suinocultura, tornando indispensável a adoção de um manejo eficiente, com nutrição de qualidade e medidas sanitárias rigorosas para o bem-estar das fêmeas durante a gestação", conclui o especialista.

Fonte: Portal do Agronegócio

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