Publicado em: 01/03/2018 às 00:00hs
Fernando Costa: Diretor da Costa Assessoria Pecuária
Formado em Agronomia pela UniPinhal e possui MBA em Agronegócios pela Faculdade Santa Rita. Confinador desde 1986. Diretor da empresa Costa Assessoria Pecuária na área de gestão, nutrição, projetos em confinamento e compra de insumos
Por: Scot Consultoria
O conhecimento de qual o melhor momento para suplementar e de qual forma, pode garantir ao produtor maiores ganhos, seja no confinamento ou sistema a pasto. Fernando Costa será um dos palestrantes do Encontro de Confinamento e Recriadores da Scot Consultoria que acontecerá de 17 a 20 de abril em Ribeirão Preto-SP e Barretos-SP.
Para mais informações do Encontro, acesse www.confinamentoerecria.com.br.
Confira na entrevista a seguir uma prévia do que o Fernando abordará no evento:
Scot Consultoria: O senhor poderia comentar brevemente o que será abordado nas suas palestras?
Fernando Costa: No evento de recriadores, vou abordar vários sistemas de recria, com níveis maiores e menores de suplementação e, com custos e ganhos de peso entre os mesmos.
A palestra sobre confinamento será uma continuidade do sistema de recria e com vantagens econômicas para a finalização em confinamento em animais que foram suplementados na recria.
Nas propriedades assistidas pelo senhor, qual a meta estabelecida de ganho de peso diário (gmd) na fase de recria? Em média, quanto tempo esses animais permanecem nesta fase? Quais os critérios de manejo adotados para tal?
A meta estabelecida é de sete arrobas no período entre nove a doze meses.
Os ganhos diários vão de 0,580kg a 0,800kg por cabeça /dia.
Os critérios dependem muito da disponibilidade de investimento do produtor.
Em alguns casos, optamos por suplementação mais agressiva que pode chegar até 1,0% do peso vivo.
Em sua opinião, suplementar na seca é opção ou necessidade?
Em muitas regiões é realmente necessidade, onde podemos observar secas muito severas, fazendo com que os animais tenham uma perda de peso muito intensa.
Em outras regiões, onde chove muito e as adversidades climáticas são pequenas, a suplementação pode ser uma opção.
De qualquer forma, toda vez que suplementamos conseguimos diminuir a idade de abate e, consequentemente, colocar mais arrobas por hectare e por animal.
Qual o erro mais comum que o senhor se depara nas propriedades em relação ao manejo nutricional na fase de recria?
O principal erro no sistema de recria é não dar a importância devida a essa categoria, que tem uma exigência nutricional mais elevada. O produtor, normalmente, coloca os animais de recria nos pastos de pior qualidade e deixa os pastos melhores para a fase de terminação.
É na fase de recria que conseguimos uma maior diluição dos custos de arrobas produzidas e isso interfere muito no custo e na rentabilidade da terminação.
Sobre o processo de inserção dos animais que saem da fase de recria e vão diretamente para o confinamento, o que o senhor tem a dizer? Quais as particularidades deste manejo?
Sobre esse processo, podemos considerar alguns fatores:
Aqueles animais que entram diretamente no confinamento e que não foram suplementados, considerando a fase de adaptação, normalmente, apresentam um consumo reduzido e uma adaptação mais problemática.
Os animais que já foram suplementados apresentam uma adaptação mais tranquila e com consumo adequado.
Outro fator importante é que animais suplementados tem um ganho de carcaça melhor que os não suplementados.
O senhor é a favor da recria em confinamento? Quais os prós e contras?
Sim, sou a favor em algumas situações:
Primeiramente, se as condições são favoráveis com a produção de volumoso de baixo custo seria muito interessante a recria em confinamento.
Dentro desses parâmetros, podemos fazer a recria com custos semelhantes a uma recria a pasto com suplementação.
Fonte: Scot Consultoria
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