Publicado em: 15/10/2024 às 11:35hs
Representantes da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) estiveram em Brasília (DF), participando da 73ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos. Durante essa agenda, o grupo se reuniu com autoridades do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, abordando questões relevantes para o setor.
No encontro com o Mapa, os representantes da Arco discutiram a viabilidade de realização dos exames exigidos para a entrada de ovinos e caprinos nas centrais de coleta e processamento de sêmen (CCPS). Além disso, a pauta principal girou em torno do registro genealógico, bem como das importações e exportações do setor.
A superintendente de Registro Genealógico da Arco, Magali Moura, destacou que foram realizadas conversas com representantes do registro genealógico e da coordenação da Secretaria de Defesa Animal, incluindo o secretário Marcelo Mota. “Atualmente, a normativa de importação nos impede de trazer animais de alguns países devido a certas exigências. É nesse sentido que buscamos a revisão dessa normativa”, explicou. Magali também mencionou a possibilidade de abertura de novos livros para o controle da formação de novas raças ovinas.
Em relação às exportações, Magali enfatizou os esforços para a abertura de novos mercados para os ovinocultores. “Fomos agradecer ao ministro Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, e solicitamos que continuem trabalhando para expandir esses mercados, especialmente para a genética ovina”, afirmou.
Outro ponto importante discutido foi a viabilidade das exportações de material genético para a Colômbia, seguindo o modelo de outros mercados, como Angola e Omã. A questão da doença do Scrapie também foi abordada; atualmente, para os países que fazem parte do Órgão Mundial de Saúde Animal (OMSA), há a exigência de controle ou erradicação da doença. Nesse contexto, a Arco busca elaborar um protocolo com o ministério para controlar a doença e, futuramente, tornar o Brasil livre de Scrapie, permitindo exportações mais amplas. Atualmente, o Brasil só pode exportar material genético, não animais vivos.
O presidente da Arco, Edemundo Gressler, ressaltou os diversos temas discutidos, incluindo a necessidade de abertura de centrais de processamento e congelamento de sêmen, a possibilidade de registrar duas raças sintéticas ovinas — Berganês e Soinga — e a consolidação de mais mercados para a exportação de sêmen e embriões. Gressler avaliou positivamente a visita, afirmando: “Reforçamos o importante trabalho que a Arco tem realizado junto ao governo e ao legislativo para desenvolver políticas públicas que promovam a ovinocultura.”
Durante a reunião da Câmara Setorial, Gressler também destacou a potencialidade do Brasil em exportar lã suja ou lavada para a China e a necessidade de debater um plano sanitário que permitirá ao país ampliar suas exportações de material genético. “A criação de um protocolo de ações do ministério para que o Brasil receba, em breve, o selo de país livre de Scrapie é fundamental”, ressaltou.
No Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, os participantes discutiram o fortalecimento das Rotas do Cordeiro e do Leite, iniciativas que visam desenvolver arranjos produtivos locais. Em reunião com o coordenador geral de sistemas produtivos e inovadores do Ministério, Tiago Araújo, foi acordado que o consultor Daniel Benites visitará, nos próximos dias, as cadeias do cordeiro e do leite nas regiões de Bagé e de Sant'Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul.
Fonte: Portal do Agronegócio
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