Publicado em: 23/03/2012 às 12:40hs
A intenção é mostrar o que pode ser produzido pelos agricultores familiares e introduzido em ações como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que é um programa público de alimentação com ênfase na Segurança Alimentar, financiado pelo Ministério da Educação e gerenciado pelo Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação – FNDE.
Nessa quinta-feira (22-3), na cozinha demonstrativa montada na Casa da Emater/RS-Ascar, foi ministrada uma oficina de aproveitamento da carne ovina na alimentação escolar pelo médico veterinário do escritório de Arroio Grande, Luiz Ignácio Jacques. A gerente adjunta do escritório regional de Santa Maria e especialista em práticas alimentares à base de carne ovina, Clélia Brum Lovato, apresentou uma receita com cortes especiais.
O extensionista fez uma demonstração do melhor aproveitamento da carcaça ovina, trabalhando o armazenamento e a utilização na merenda escolar. De acordo com Luiz, em municípios onde já existe a criação de ovinos, existe um mercado emergente. “Então nós apresentamos a divisão do cordeiro em bifes, que podem ser aproveitadas em várias receitas, em que se pode consumir a carne ovina de uma forma diferente, pois em uma escola você não pode armazenar e preparar uma paleta ou quarto do animal. A única ferramenta necessária é uma serra de açougue”.
Conforme a gerente adjunta, o caminho para viabilizar a oferta de carne de ovelha na merenda escolar “é uma parceria entre os municípios e os abatedouros, para que a carne chegue às mãos da merendeira já pronta para a panela”. O produtor de Cachoeira do Sul José Luiz Pedroso aponta a falta de abatedouros como um empecilho para a comercialização da carne ovina. “No passado, se criava a ovelha apenas para produção de lã, e a carne não recebia atenção. Mas a chegada de raças especiais para carne que estão em plena expansão pegou os frigoríficos desprevenidos, e organizar essa cadeia com produtores e frigoríficos é muito difícil”.
Sobre as vantagens da criação o produtor relaciona uma série de fatores. “Em um hectare onde tu sustenta uma vaca, pode criar entre cinco e dez animais. Além de ser um animal rústico e de fácil manejo, em um ano a ovelha te deixa um borrego, a lã e hoje com os novos cortes e a nova maneira de se tratar a carne de ovelha você pode vender o mesmo produto para a merenda escolar e para os grandes restaurantes”.
“A inserção dos produtos da agricultura familiar na alimentação escolar, como a carne ovina, é um fator dinamizador das economias locais, favorece a agricultura familiar e gera renda fortalecendo a cultura alimentar”, afirma Clélia. “Isso sem dizer que a carne ovina é uma carne nobre, com uma proteína de altíssima qualidade, para a criança é muito importante e, tradicionalmente, pode ser combinada com a mandioca”, completa a gerente adjunta da Emater/RS-Ascar de Santa Maria.
Na Expoagro Afubra 2012, a cozinha da Casa da Emater segue com oficinas que estimulam a Cultura e a Segurança Alimentar.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
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