Publicado em: 11/04/2012 às 08:25hs
Produtores e técnicos da região de Guaratinguetá estiveram reunidos no Sítio Figueira, propriedade arrendada pela família do Sr. José Bosco Bonci, em Lavrinhas, no final de março, para avaliar resultados e compartilhar experiências bem sucedidas na produção de leite. Estiveram presentes representantes da Cooperativa de Laticínios de Cachoeira Paulista, do Sindicato Rural de Cruzeiro e das Casas da Agricultura.
Tradicional família de pequenos proprietários de terra, os Bonci desenvolvem a atividade, desde 2009, em área arrendada de 9,0 hectares, sob o sistema de pastejo rotacionado, ocupada com pastagem de mombaça, canavial e milho para silagem. Segundo José Bosco e seu filho Sebastião Marcelo, a decisão pelo arrendamento foi motivada pelas dificuldades enfrentadas em sua propriedade de relevo acidentado, que dificultava o manejo e exigia esforços da família, sem o retorno financeiro que garantisse qualidade de vida.
Marcelo reconhece a contribuição da Casa da Agricultura para os bons resultados, destacando a determinação técnica em priorizar o monitoramento da fertilidade do solo e das planilhas de controle econômico. O esforço empreendido pelos proprietários e pelo técnico executor na propriedade tem levado a melhorias expressivas nos resultados obtidos na atividade. Assim a produção de leite saiu de 270 litros por dia para 310 l/dia, nos dois anos de projeto.
Como o ponto de equilíbrio da atividade, que é o volume mínimo de leite necessário para pagamento dos gastos mensais para a produção de leite, nos dois períodos considerados, ficou estável em 260 litros. Os produtores têm obtido um lucro maior, reflexo principalmente da redução do custo total, que caiu aproximadamente 17%.
A família Bonci demonstra confiança na atividade, perseverança e dedicação ao trabalho do dia-a-dia. “Recomeçamos a atividade com 120 litros diários, atingimos a produção máxima de 420 litros e temos a meta de alcançarmos 800 litros diários”.
CATI Regional Guaratinguetá aposta em qualificação de técnicos, organização de produtores e parcerias para fortalecer a atividade leiteira
Segundo Jovino Paulo Ferreira Neto, diretor da CATI Guaratinguetá, as ações regionais para desenvolvimento da pecuária leiteira têm buscado canalizar esforços, no sentido de envolver as diferentes instituições num esforço ordenado e integrado, criando sinergia em busca de benefícios coletivos.
Desde o segundo semestre de 2011, a Regional tem intensificado ações de diagnóstico e planejamento participativos da cadeia produtiva, com vistas a atualizar os Planos Municipais e o Plano Regional de Desenvolvimento Rural Sustentável com o envolvimento de diversas instituições, entre elas, os conselhos municipais , as cooperativas, sindicatos rurais, SEBRAE, APTA-Pólo Regional do Vale do Paraíba, empresas e profissionais do setor e produtores rurais.
No mesmo sentido, está organizando o Grupo Técnico de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira, composto por profissionais de ciências agrárias da rede pública e da iniciativa privada, com o objetivo de construir e difundir conhecimento, através da organização e realização de palestras, treinamentos, troca de experiências, realização de eventos, proposição de programas e projetos de interesse da região, validar tecnologias, organização de levantamentos e criação de banco de dados, entre outros. Além disso, atuar representativamente junto às administrações públicas federal, estadual e municipais.
Outra ação a destacar, diz respeito à participação num projeto experimentação e validação de tecnologias de reforma e recuperação de pastagens, com diferentes sistemas de preparo de solo e semeadura, do qual participam a APTA - Pólo Regional do Vale do Paraíba, a CATI e a Defesa Agropecuária, por intermédio dos Escritórios Regionais de Guaratinguetá e Pindamonhangaba, as Casas da Agricultura, com destaque para Pindamonhangaba e Tremembé, o Departamento de Ciências Agrárias/UNITAU e as empresas de calcário, sementes, adubos e produtos agrícolas.
Segundo a Assistente de Planejamento Mariele Santana de Camargo, o desenvolvimento de trabalho integrado de difusão de tecnologia e assistência técnica, somados aos trabalhos de extensão rural, com a participação de técnicos, produtores e entidades parceiras, tem sido um estímulo para o fortalecimento do Projeto CATI Leite na Região.
Fonte: CATI - Assessoria de Imprensa
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