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Programa Leite Gaúcho mostra vantagens do pasto a produtores de São Martinho e São Valério do Sul

Considerado o meio de produzir leite mais econômico, o sistema alimentar com base no pasto foi o tema central do Curso de Gestão da Produção de Leite, ministrado pela Emater/RS-Ascar a 32 agricultores familiares de São Martinho e São Valério do Sul


Publicado em: 25/09/2012 às 18:00hs

Programa Leite Gaúcho mostra vantagens do pasto a produtores de São Martinho e São Valério do Sul

O curso é uma das ações do Programa Leite Gaúcho, do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e executado pela Emater/RS-Ascar.

No segundo módulo do curso, realizado no dia 14 de setembro, uma excursão levou os agricultores até Rolador e Pirapó, no Noroeste gaúcho.

Em Rolador, a visita ocorreu na propriedade do casal Loiva e José Nelson da Rocha, que produz 1.080 litros de leite/dia, servindo ao plantel de 36 animais um mix de grama tifton, aveia e azevém. Uma particularidade: ao invés de silagem de milho, como faz a maioria dos produtores de leite, os Rocha preferem o feno para reserva forrageira. A dieta das vacas é reforçada com 22% de proteína concentrada. No começo do ano, Loiva e Nelson instalaram um sistema de irrigação, financiado em dez anos, com recursos do Pronaf Mais Alimentos, em seis hectares de pastagem perene. “A irrigação melhorou muito a média de produção por animal”, disse o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar Irieneu Kapelinski.

Em Pirapó, a propriedade visitada foi a da família Ortiz, onde as vacas se alimentam, essencialmente, com pasto. O diferencial, nessa propriedade, é o número de pastejos: são 12. Normalmente, segundo a Emater/RS-Ascar, ocorrem entre três e quatro pastejos. Este sistema tem permitido intervalos de pastoreios de apenas cinco a oito dias. O balanceamento da dieta das vacas em produção é obtido fornecendo-se a elas um concentrado com 12% de proteína bruta. O manejo resultou em produções médias de 22 a 24 litros/leite/vaca, com menor custo. A adoção deste sistema de pastoreio, segundo os agricultores familiares, tem promovido significativas melhorias na fertilidade do solo. Na propriedade dos Ortiz, também foi possível observar o sistema silvipastoril, ou seja, o proprietário plantou árvores nas áreas de pasto com a finalidade de melhorar o bem-estar animal.

A visita de estudo, para os produtores de São Martinho, faz parte de uma estratégia de formação continuada, discutida entre os técnicos da Emater/RS-Ascar, Secretaria Municipal de Agricultura, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Banco do Brasil.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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