Bovinos Leite

MT pode ter hoje 40 mil fazendas de leite

A falta de organização dos produtores de leite em Mato Grosso aliada à faltade assistência técnica são os principais pontos de entrave para o crescimento da cadeia estadual


Publicado em: 12/11/2012 às 15:30hs

MT pode ter hoje 40 mil fazendas de leite

Cerca de 21 mil propriedades rurais no Estado são voltadas à atividade. Se somada a outras que têm a produção de leite como alternativa, esse número pode chegar a cerca de 40 mil. Desta, 51% produzem em média só 50 litros de leite ao dia, e apenas 2% chegam a 500 litros/dia.

A situação da cadeia foi discutida ontem no 1° Encontro Aproleite, que reuniu em Cuiabá mais de 1.400 produtores de cerca de 90% dos municípios do Estado. O evento foi realizado pela Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).

O presidente da Associação, Alessandro Casado, diz as dificuldades dos produtores é fruto justamente da ausência de estruturação da cadeia no Estado e auxílio técnico.

De acordo com ele, em 2011 cerca de 75% desses produtores não receberam nenhum tipo de assistência técnica, o que dificulta a expansão da produção de leite pleiteada pelos produtores regionais. Hoje, Mato Grosso aparece em 8º lugar no ranking brasileiro, com uma produção 743,2 milhões de litros ao ano, conforme pesquisa de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O presidente da Aproleite explicou que hoje no estado, muitos produtoresnão sabem se quer quanto recebem por um litro de leite e se o valor traz rentabilidade. “Por falta de orientação e organização a cadeia sofre com esse tipo de situação. Hoje o produtor vende leite a cegas, sem saber o que vai receber. É isso que precisamos mudar. É essa a luta da Aproleite”, afirmou.

Para o presidente da Famato, Rui Prado, os produtores precisam se unir para conseguir estabelecer uma produtividade maior, assistência técnica e garantir assim um preço melhor pago pelo produto. Conforme prado, se houver planejamento adequado e os produtores cuidarem do animal e da pastagem muitos dos problemas serão resolvidos.

Fonte: Folha do Estado

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