Bovinos Leite

Dicas importantes na formulação de dietas para bovinos leiteiros

Winston Giardini, gerente técnico de ruminantes da Alltech no Brasil, explica os principais pontos para uma nutrição equilibrada


Publicado em: 13/03/2013 às 08:20hs

Dicas importantes na formulação de dietas para bovinos leiteiros

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e Índia. Conforme os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2011 foram produzidos 32,1 bilhões de litros de leite, um aumento de 4,5% com relação a 2010. A expectativa é que em 2012 o  aumento tenha sido de 4%, em decorrência da demanda interna e do crescimento das exportações.

Para o crescimento da atividade leiteira os pecuaristas precisam estar atentos à formulação e nutrição adequada visando o aumento da produtividade do rebanho. A alimentação representa de 45 a 55% dos custos totais da produção de leite e a utilização de ingredientes de boa qualidade, principalmente a forragem, ajuda a reduzir estes valores em decorrência da maior produtividade que pode ser obtida. A combinação de ração e volumoso com elevado valor nutricional reflete na produção de leite. Desta forma, o pecuarista precisa estar atento ao uso excessivo de concentrados porque não é suficiente para garantir sua produtividade. Vale ressaltar que o uso de forragens de baixa qualidade aumentará o custo de produção, além de não garantir elevada produção. O volumoso é importante para a saúde do rúmem, que se torna mais eficiente e possibilita também menor utilização de grãos na dieta.

Uma nutrição equilibrada deve conter níveis adequados de proteína, energia e fibras de boa digestibilidade de forma balanceada, além de minerais e vitaminas que também são fundamentais para manter a saúde e o funcionamento ruminal. Hoje, muitos criadores avaliam apenas o nível de proteína da dieta e não consideram um componente importante, caro e difícil de ser suplementado, que é a energia, justamente por ser resultado da fermentação ruminal. É necessário frisar que se o rúmem do animal não estiver funcionando adequadamente, e apresentar fermentação inadequada, a estimativa de produção de energia não será atingida, não atendendo às necessidades nutricionais, o que resulta em perdas na produção de leite.

Alguns aditivos, como as leveduras vivas, podem maximizar o funcionamento do rúmem, trazendo benefícios como a multiplicação das bactérias ruminais, maior fluxo de protéinas microbianas ao intestino, melhor digestibilidade dos alimentos ingeridos e, principalmente, incremento da produtividade devido ao maior aproveitamento dos alimentos. A melhor forma de reduzir os custos é aumentar a produção de leite através da nutrição correta e manejo adequado.

É importante observar a maneira como os alimentos são oferecidos ao animal, devem estar sempre frescos, isentos de qualquer contaminação, em horários definidos (rotina) e visando sempre o conforto do animal. “Quando um ruminante é alimentado, na verdade estamos alimentando as bactérias ruminais que são responsáveis por nutrir o animal, por isso é importante obter a menor variação possível na oferta de alimentos para melhorar a produtividade. Em rebanhos comerciais recomenda-se pelo menos dois ou três tratos diários, já para os animais que participam de torneio leiteiro, os tratos variam entre cinco ou seis. Quanto maior a frequência da alimentação oferecida, maior será o interesse do animal pela dieta, o que aumenta seu consumo, fator fundamental para garantir o desempenho do animal”, afirma Winston Giardini, gerente técnico de ruminantes da Alltech no Brasil.

Sobre a Alltech:

A Alltech do Brasil é formada por uma unidade fabril em São Pedro do Ivaí (PR) e  por um centro administrativo e planta industrial em Araucária (PR). A unidade brasileira é responsável pelo segundo maior volume de produção do Grupo Alltech.

A unidade localizada no município de São Pedro do Ivaí fabrica insumos naturais para alimentação animal a partir do melaço, subproduto da cana-de-açúcar. Prevista inicialmente para produzir anualmente 20 mil toneladas de biomassa, há quatro anos aumentou sua capacidade de produção para 50 mil toneladas/ano, com possibilidade de dobrar sua capacidade. Atualmente, esta é a maior fábrica de biotecnologia direcionada para nutrição animal do país. Cerca de 70% da produção é destinada ao mercado externo, transformando o Brasil no maior centro produtor e exportador do uso da alta tecnologia do Grupo Alltech.  O Sel-Plex, NuPro, Bio-Mos, Mycosorb, Actigen e Bioplex são produzidos nesta unidade. A planta de Araucária é especializada na produção de produtos líquidos, inoculantes e o Optigen.

Fonte: LN Comunicação

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