O objetivo foi apresentar os resultados obtidos no Sítio Ebenezer, com a implantação de algumas ações visando a melhoria da produtividade dos animais e da qualidade do leite.

Na programação constavam os temas: o Projeto CATI Leite e os benefícios para a região, o manejo de bezerras, novilhas e das vacas em lactação e secas, além da utilização da cana na alimentação dos animais em produção. Na oportunidade, os participantes debateram as atuais tecnologias de produção dentro da ótica do projeto CATI Leite, desenvolvido em todo o Estado de São Paulo e que preconiza o aumento da produção em pequenas áreas, utilizando o controle zootécnico e econômico da atividade.

O prefeito de Arandu Paulo Sergio Guerso, também presente no evento, explicou que no passado, a pecuária leiteira foi a atividade econômica mais importante para o município.

Em virtude de muitos acontecimentos o leite foi perdendo espaço para outras culturas. “Agora, essa cadeia produtiva está retornando e por esse motivo, agradecemos a CATI e a todos os que estão nos ajudando a implantar as tecnologias para melhorar essa atividade, tradicional em nossa cidade”.

Para o diretor da CATI Regional de Avaré, engenheiro agrônomo Eliseu Aires de Melo, a introdução das tecnologias do Projeto CATI Leite está dando certo graças à parceria entre estado e município. “E não só em Arandu, mas sim nos doze municípios que integram a nossa regional. É muito gratificante ver todo o segmento ligado à cadeia produtiva do leite envolvido nesse dia de campo”.

O médico veterinário Braz Costa de Oliveira Júnior, da Casa da Agricultura de Águas de Santa Bárbara e um dos responsáveis pela implantação do Projeto CATI Leite na região de Avaré, conta que o trabalho desenvolvido vem trazendo bons resultados e mudando o cenário da pecuária leiteira nos municípios. Ele explica que o projeto é de livre adoção, mas quem entrar tem que ter comprometimento com as técnicas disseminadas.

Só no município de Arandu são seis unidades demonstrativas. Braz destaca que após a implantação dá para ver uma melhora muito significativa na maneira de conduzir as propriedades. “Os pequenos pecuaristas de leite já observaram que é possível produzir com qualidade preservando o meio ambiente e com respeito aos animais”, finaliza.

Sítio Ebenezer

Essa propriedade tem quatro alqueires, sendo um de mata nativa. Integrante do Projeto CATI Leite há um ano e meio, o produtor Tiago Rodrigues Azenha e sua esposa Ana Claudia estão muito satisfeitos. Eles explicam que quando iniciaram produziam cerca de 100 litros de leite por dia, depois da adesão chegaram a produzir 500 litros.

Foram implantados módulos com diferentes capins e o produtor só entra com os animais quando o pasto está no ponto. As sessenta vacas da propriedade também são separadas por produtividade. “Tudo tem o lugar e a hora certa. Por isso, para produzir leite de qualidade, com custo adequado e obter renda é preciso gostar da atividade e dar um passo de cada vez. Antes a gente corria muito, tinha muito serviço e ganhava pouco. Hoje, com o planejamento da propriedade,  temos animais bem alimentados, trabalhamos mais contentes e tanto eu quanto minha esposa e meu ajudante temos um bom salário”, afirma Tiago.

Para 2012, o próximo passo é a implantação de dois hectares de área irrigada. Com isso, pode aumentar em 40% no número de animais, em 85% as vacas em lactação e, como consequência, produzir 500 litros de leite por dia.