Publicado em: 06/02/2025 às 19:00hs
O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) apresentou uma alta significativa em 2024, com uma inflação de 6,17%, conforme os dados divulgados pela Assessoria Econômica da Farsul nesta quinta-feira (06). O aumento reflete o encarecimento de diversos itens essenciais à produção leiteira.
Dentre os itens da cesta de insumos, o milho se destacou, com um aumento de 14% no preço ao longo do ano. Considerando que a alimentação é uma das principais despesas na produção de leite, esse impacto tem grande relevância. Outros insumos também apresentaram elevações consideráveis, como os fertilizantes (20,3%), a silagem (14%), o concentrado (1,8%) e os combustíveis (6,7%).
Em comparação com o mês de novembro, os custos de produção também subiram, registrando uma alta de 1,28% em dezembro. Os fertilizantes, por exemplo, sofreram um aumento expressivo de 10%, impulsionado pela valorização do dólar, que superou a marca de 5% no período. O sal mineral, que estava estável há meses, também teve um reajuste de 4,7%. No entanto, a energia elétrica apresentou a segunda queda consecutiva, com uma redução de 14%.
O relatório econômico da Farsul observou que o ILC fechou o ano com uma inflação superior à do IPCA. "O Brasil tem apresentado dados preocupantes de descontrole fiscal, impactando negativamente as expectativas e desancorando a inflação futura. Diante deste cenário fiscal, acreditamos em uma inflação persistente em 2025", aponta o documento.
Para o início de 2025, a expectativa é de uma possível redução nos preços da soja e do milho, além de uma queda no custo da energia elétrica em janeiro. Também se espera que a diminuição na cotação do dólar impacte positivamente os preços dos fertilizantes e combustíveis, oferecendo um alívio aos produtores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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