Bovinos Leite

Assistência técnica é fundamental

Controle da alimentação das vacas leiteiras é fundamental para os bons resultados


Publicado em: 06/08/2012 às 18:40hs

Assistência técnica é fundamental

O coordenador do projeto no Sebrae em Mato Grosso, Aureliano da Cunha Pinheiro, da Unidade de Agronegócios, destaca que o Balde Cheio permite uma produtividade alta e a regularidade de produção durante todo o ano, incluindo o período de seca que, muitas vezes, inviabilizava a atividade na pequena propriedade. O projeto é desenvolvido em 190 propriedades, em 24 municípios divididas em 5 regiões - Norte Araguaia, Médio Araguaia, Baixada Cuiabana, Portal do Amazonas, Vale do São Lourenço, onde está localizado Campo Verde. Aureliano lembra que a gestão de uma propriedade rural é como a de uma empresa e destaca que no Balde Cheio todas as informações coletadas, controles feitos e as decisões são tomadas a partir dos dados reais.

Maria Angélica Quintão Barros, supervisora técnica do projeto nas regiões Médio Araguaia e Vale do São Lourenço, lembra que todo mundo tem direitos e deveres e que os investimentos na propriedade passam pela melhoria do solo, do rebanho, da irrigação, do plantio de cana e milho para a silagem. “Nessa ferramenta, você sabe todos os pontos de despesas de custeio e sabe o que fazer para baixar custos”. O custo médio de produção nos últimos 12 meses foi de R$ 0,53, enquanto o preço médio pago pelo litro do leite pela Cooperativa Comajul é de R$ 0,79.

Perguntado por ela se ficaria sem assistência técnica, Osmar é taxativo ao dizer que contrataria um técnico. Ele e outros produtores consideram a assistência técnica constante como a chave do sucesso de qualquer atividade no campo.

O produtor Ederson Rodrigues dos Santos, 33 anos, concorda. Para ele, o técnico atua como um consultor e ajuda a corrigir os erros rapidamente, evitando grandes perdas. Proprietário da Chácara Boa Vista, localizada às margens da rodovia MT-344, que liga Campo Verde a Dom Aquino, para ele fazer parte do projeto Balde Cheio foi a salvação da propriedade, embora não acreditasse de início que a produção de leite cresceria dessa forma com o manejo a pasto. “A gente entrava ano e virava ano no sufoco. Os custos de produção para alimentar o gado só no cocho eram muito altos”, conta acrescentando que ainda não viu uma resposta melhor para a produtividade do rebanho do que o pasto. “Na seca de 2010 e 2011, a gente tratava o gado com cevada e ração e estávamos quase falindo. Hoje, usamos o sistema  rotacionado de piquete e o resultado é muito bom com uma produção de 600 litros por dia. Nosso plano é chegar a 1 mil, mas se conseguir passar melhor”, conta animado. Utilizam também cana e milho na alimentação do gado que agora é balanceada para uma melhor produção leiteira.

Ele administra a propriedade com a ajuda do pai Nelson Rodrigues dos Santos, 62 anos. Para Nelson, sem essa tecnologia fica difícil manter o gado no período de seca, o custo de produção é alto e o preço do leite não paga. “A crise ensina a gente a viver”, constata. Além da pecuária leiteira, eles têm um aviário em sistema de integração com a Sadia, onde criam 41 mil frangos. Utilizam a cama de frango, devidamente compostada, para adubar o pasto e o resultado, segundo a supervisora técnica Maria Angélica Quintão, é melhor do que o uso de adubo químico.

Fonte: Agrolink

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