Publicado em: 28/11/2016 às 01:00hs
Fernando Trota Levati: Produtor de Girolando Plus
Por: Kalion Nebdes
Localizada no distrito de Boa Família, no município de Muriaé, a Fazenda Tapera de propriedade da família do agropecuarista Fernando Trota Levati, apresenta um grande potencial para a produção de gado leiteiro. Fernando nasceu e viveu parte de sua infância na atividade rural, pois tanto seu pai, como seu avô eram produtores. Das lembranças da infância, ele transformou na Fazenda que hoje é referência na produção do Girolando Plus. Com o trabalho intensivo desenvolvido na parte reprodutiva, a fazenda vem buscando melhorar seus índices já alcançados.
Desde 2011, buscando tecnologias que permitam o aumento da produtividade do rebanho, através de técnicas que vão de Inseminação Artificial, Transferência de Embriões, à Fertilização in Vitro, a fazenda possui atualmente um plantel de cerca de 80% de animais BASA.
Para o agropecuarista Fernando Trota Levati, o foco da Fazenda Tapera é a produção em regime semi-intensivo. Essa opção, aliada ao trabalho de melhoramento genético e as boas práticas de manejo, contribuíram para o aumento da produção de leite por hectare, com consequente melhora também na rentabilidade da fazenda.
Em um bate papo, o proprietário da Fazenda Tapera, nos revela o quanto foi importante essa parceria com as Fazendas do BASA.
Quantos anos na atividade rural?
Meu envolvimento com a pecuária leiteira, vem desde a infância, pois meus avós e pais eram produtores. A partir de 2011, quando assumi a direção dos negócios, decidi investir na genética do rebanho e comecei a trabalhar com animais registrados e com as técnicas de inseminação artificial e FIV.
Qual principal atividade da Fazenda e porque a escolha desta raça?
Produção de Leite e venda de animais. A escolha pela raça Girolando se deu pela boa produção leiteira e pela rusticidade, pois estamos em uma região muito quente e montanhosa.
Quantos animais essa parceria já produziu? Qual a média de produtividade de animais com base genética BASA?
Quando comecei o trabalho em 2011, meu rebanho era composto de animais das fazendas do Basa e da Volta Fria, 50% de cada. Hoje, 80% do meu plantel provem das Fazendas do Basa, ou seja, aproximadamente 70 animais, afora as prenhezes dessa mesma genética.
É possível fazer uma comparação de antes e depois da produção de animais com a genética do Basa?
Depois que comecei a adquirir animais das Fazendas do Basa e a comprar embriões, o salto genético foi enorme. Hoje minha fazenda tem uma média de 18 litros por animal em regime semi-intensivo.
O que se destaca no trabalho realizado pelas Fazendas do Basa, com base somente nas doadoras Gir Leiteiro com lactações reais expressivas, aferidas oficialmente e de famílias muito consistentes?
Além do alto valor genético que os animais possuem, o trabalho dos veterinários Simeão e Luiz Fernando, junto com toda sua equipe, nos passam a certeza de que o plantel do Basa está hoje entre os melhores do país, fato este comprovado nos torneios leiteiros nos quais vem se destacando.
E quanto ao mercado? Como o senhor analisa o comportamento da economia em relação a cadeia produtiva do leite?
Infelizmente, nós produtores não temos muito incentivo por parte do governo, na forma de crédito rural e programas de aprimoramento da atividade pecuária. As Fazendas do Basa, ao fornecerem animais que produzem mais com menos, ajudam-nos a driblar essas dificuldades criadas pela falta de apoio efetivo do poder público.
É possível melhorar as políticas públicas de incentivo ao produtor rural?
O governo – em suas esferas federal, estadual e municipal – pode ser muito favorável a pecuaristas, sobretudo os de pequeno porte, se fomentar programas de melhoramento genético. Além disso, o estabelecimento de um preço mínimo para o leite traria um pouco mais de estabilidade para o produtor de leite, que vende seu produto sem saber de antemão quanto receberá, ficando refém, assim, das oscilações do mercado e da política de mercado dos laticínios.
Em relação a economia da sua cidade, esse trabalho realizado em parceria com as Fazendas do Basa, alterou positivamente? As bezerras têm boa liquidez?
Certamente. O trabalho feito pelas Fazendas do Basa tem beneficiado a economia de Muriaé e região. Hoje somos uma bacia leiteira forte, que dá mostras seguras de que continuará a se expandir quantitativa e qualitativamente nos próximos anos. Além disso, a venda de bezerras a novilhas paridas procedentes dessa genética, acabam por trazer mais dinamicidade para a economia da região.
No seu ponto de vista, existe um diferencial entre as Fazendas do Basa, em relação a outras propriedades que já visitou?
Além da preocupação com sanidade, as fazendas do Basa têm uma busca incessante por melhoramento genético, o qual acaba por beneficiar toda a região por conta das parcerias do Basa com produtores de leite. Exemplo disto é o programa Rede Gado Bom.
Fala-se muito que a economia deve voltar a crescer, o senhor acredita que o agronegócio seja um dos setores que dará alento a esse crescimento?
O momento atual ilustra bem a vitalidade do setor de agronegócios. Em meio a um período de retração das atividades secundárias e terciárias, verifica-se crescimento do setor primário, cuja participação no PIB é bastante significativa. Mesmo com a recuperação dos outros setores num futuro próximo (espera-se!), o agronegócio continuará a se expandir.
Ao escolher o Programa Rede Gado Bom do Basa, o senhor demonstrou confiança na competência da equipe técnica das Fazendas do Basa, foi difícil tomar essa decisão?
Foi uma decisão orientada por eles, Luiz Fernando e Simeão, que são os mesmos veterinários responsáveis pelo rebanho das Fazendas do BASA.
O que o senhor diria a futuros parceiros do Programa Rede Gado Bom das Fazendas do Basa?
Com a dificuldade que nós produtores temos, se não conseguirmos melhorar a produção leiteira dos animais com melhoramento genético, não conseguimos suportar as dificuldades da categoria.
Fonte: Fazendas do BASA
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