Publicado em: 13/08/2020 às 08:30hs
Após alguns registros de problemas ocorridos com animais da raça Jersey em relação a genealogia, na qual foram encontradas gado bovino de outras raças como ancestrais desses animais, a Associação Americana de Jersey (AJCA) resolveu tomar medidas que visam recuperar a confiança no registro e na pureza desta categoria.
Dentre as providências, podemos destacar a recuperação genética e a expansão do Jersey, que contam com dois importantes objetivos. O primeiro é identificar fêmeas com a genética e o segundo, incentivar a reprodução delas e de suas filhas com touros registrados desta raça, seguindo um caminho para o status de Rebanho Registrado. A Recuperação Genética se preocupou em registrar as fêmeas Jersey tendo genealogias ausentes ou incompletas, ou seja, os chamados animais puros de origem desconhecida. Já a expansão da raça, cadastrou fêmeas sabidamente com parte Jersey e parte de outra raça, chamadas de J1. A partir daí, os descendentes do sexo feminino de uma J1 e um touro Jersey Registrado foi o primeiro passo na Recuperação Genética. E então, o foco foi centralizado no número de gerações registrados pela AJCA em um pedigree. Esse foi o início da Contagem de Gerações que consolidou e substituiu os programas mais antigos de maio de 2016.
A contagem de gerações demonstra a profundidade da ascendência de Jersey. O nome de um animal incluirá um sufixo numérico fechado entre colchetes “{ }” para indicar o valor de gerações de ascendência registrada pela AJCA, que vai de 1 a 6 ( número de gerações do animal até que se encontre, entre os seus ascendentes, um de origem desconhecida ou um que não seja Jersey). A contagem de gerações entre colchetes para as crias aumenta uma unidade em relação ao mais baixo, entre o pai e a mãe, e é excluída do nome do animal quando 7 ou mais gerações de ascendentes são registrados pela associação.
A representação da base da raça (BBR) é uma característica genômica que compara o DNA de um animal genotipado com um grupo de referência Jersey e com todas as outras raças. O valor do BBR representa o percentual desta raça encontrado em seu DNA. A política do Conselho de Criação de Gado de Leite (CDCB) considera todos os valores de 94 ou mais (como 100) devido aos desvios padrões. Os animais abaixo de 94 terão o seu valor normalmente expressado. O AJCA publicará um valor de BBR para todos os animais registrados, adicionando um nível de segurança para o que é mostrado em seu pedigree.
Aproveito para compartilhar os requisitos mínimos para um touro ser importado e registrado na Associação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil (ACGJB): eles devem ser considerados puros no país de origem, possuir em seu pedigree pelo menos três gerações de Jersey conhecidas, não ter nenhuma referência numérica em seu nome e representar a base da raça (BBR), de no mínimo 90. Por exemplo, o touro JX PEAK AltaATHLETE {5} -ET | BBR 100 é registrado normalmente e pode ser um animal de central. Já o touro OOMSDALE BRAZO GRATITUDE GHENT {2} -ET | BBR 82, não preenche os requisitos acima e, portanto, não pode ser registrado, bem como qualquer filha que venha a nascer deste touro.
No Jersey da Alta, estamos empenhados em oferecer aos clientes de todo o mundo a genética mais confiável disponível. A fim de cumprir esta promessa, vamos nos concentrar na genética do Puro Jersey. Temos como compromisso criar valor, entregar o melhor resultado e construir confiança em busca do desenvolvimento da pecuária, garantindo aos pecuaristas a melhor maneira de usar a genética aliada ao manejo, nutrição, ambiente, gestão e todos os processos para garantir um animal com todo o seu potencial genético.
Por Fábio N. Fogaça, da Alta Genetics.
Fonte: Alta Genetics
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