Bovinos de Corte

Sudeste tem maior número de rebanho confinado de Mato Grosso

Região Sudeste de Mato Grosso, com destaque para as cidades de Rondonópolis e Primavera do Leste, detém o maior número de gado confinado no Estado com 205,996 mil animais, o que representa 25,9% do total registrado este ano, de 792,786 mil cabeças


Publicado em: 19/12/2012 às 13:40hs

Sudeste tem maior número de rebanho confinado de Mato Grosso

Na segunda posição aparece a região Médio Norte com 24,5% do rebanho incluído nesse sistema de engorda. Quantidade de animais confinada este ano é 2,6% menor que em 2011, quando foram contabilizados 813,9 mil bovinos. Os dados fazem parte do 3º Levantamento de Confinamento no Estado, elaborados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e divulgados pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), nesta terça-feira (18).

No 1º levantamento, em abril, a expectativa era de um aumento de 14% na quantidade de animais confinados em relação a 2011. Na pesquisa daquele mês, os produtores apontavam intenção de incluir 929,9 mil cabeças nesse sistema, mas com a mudança do cenário (de valorização dos grãos e quebra da safra dos Estados Unidos), as perspectivas foram alteradas. Superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, lembra que no 2º levantamento realizado em julho, a intenção caiu para 740,4 mil, e depois voltou a subir, fechando com 792,8 mil animais confinados (outubro).

O custo do confinamento diário passou de R$ 4,32 para R$ 5,28, alta de 22% e foi preciso os confinadores analisarem a rentabilidade. “Confinar é um negócio e por isso é preciso analisar a rentabilidade. Por um período acreditou-se que seria viável trocar o pasto pela ração, mas depois isso mudou e os custos aumentaram. Foi quando os produtores recuaram”. A queda na quantidade gado confinado mostra que os confinadores estão fazendo planejamento antes de investir.

Presidente da Associação Nacional dos Confinadores em Mato Grosso (Assocon-MT), Eduardo Moura, explica que neste ano a declínio foi decorrente do alto custo do grão. “Foi um ano muito perigoso para os confinadores. Aqueles que tiveram um confinamento positivo conseguiram fechar as contas mas acredito que alguns tiveram prejuízo”. Ressalta que é preciso planejar na hora de confinar, porque muitas vezes o mercado não corresponde, como aconteceu nos últimos meses. “A responsabilidade é maior ainda por se tratar de animais vivos. É algo que precisa ser analisado com antecedência”. Para 2013 ele acredita que seja benéfico para Mato Grosso atingir novos mercados.

Fonte: Assocon-MT

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