Bovinos de Corte

Produção de carne bovina da Argentina cresce 14,6% em outubro

No entanto, oferta para exportação caiu 26,6%, atingindo o nível mais baixo dos últimos oito anos


Publicado em: 18/12/2012 às 10:50hs

Produção de carne bovina da Argentina cresce 14,6% em outubro

Com a forte estiagem, o setor estima uma perda de 11 milhões de cabeças de gado entre 2008 a 2009, o que provocou uma retração da oferta doméstica nos últimos três anos.

A produção de carne bovina da Argentina aumentou 14,6% em outubro, a 241 mil toneladas, comparado com igual mês de 2011, segundo informou a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (Ciccra), em seu relatório mensal, divulgado nesta segunda-feira (17/12). O abate experimentou uma variação positiva de 15,7%, a 1,06 milhão de cabeças, no mesmo período de comparação.

No entanto, o aumento da produção e do abate não se traduziu em maior oferta para a exportação, que caiu 26,6% a 100,9 mil toneladas, o nível mais baixo dos últimos oito anos. De janeiro a outubro de 2012, o consumo argentino foi retomado, com recuperação de 6,1% em relação ao resultado de 2011, alcançando 58 quilos por pessoa/ano. Os números negativos das vendas externas de um dos principais exportadores da proteína animal obedecem à política deliberada do governo de Cristina Kirchner de privilegiar o consumo interno.

Além das restrições das exportações por meio de cotas e de impostos, uma forte estiagem em 2008 levou os pecuaristas a liquidar o rebanho, principalmente vacas. O setor estima uma perda de 11 milhões de cabeças de gado entre 2008 a 2009, o que provocou uma retração da oferta doméstica nos últimos três anos. O consumo encolheu a níveis mínimos históricos de 53 quilos per capita/ano.

O relatório divulgado nesta segunda mostra que 41,7% do total abatido em outubro correspondeu a vacas. O nível de abate de fêmeas teoricamente não deve representar mais do que 43%, já que as reprodutoras são as que sustentam a expansão do rebanho. Durante a crise, esse volume chegou a ser de quase 80%. "O processo de recomposição de ventres (vacas em idade fértil) completou dois anos e meio sem interrupções. Não obstante, cabe destacar a perda de intensidade do processo", observou a câmara da indústria frigorífica em seu relatório.

Fonte: Estadão

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