Publicado em: 02/12/2024 às 10:10hs
O preço da carne bovina no Sudeste do Brasil registrou um aumento de 8% em outubro, conforme o novo levantamento da Neogrid. O estudo aponta que a elevação do preço foi impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo mudanças climáticas, a redução no número de animais para abate e o aumento das exportações devido à alta do dólar.
Segundo o levantamento Variações de Preços: Brasil & Regiões, elaborado pela Neogrid, os consumidores brasileiros também enfrentaram aumentos no preço de outros produtos essenciais, como ovos e carne suína. O preço médio dos ovos subiu 7,7%, passando de R$ 0,77 em setembro para R$ 0,83. Já a carne suína teve um aumento de 5,3%, passando de R$ 16,61 para R$ 17,49.
A carne bovina, em particular, tem apresentado uma trajetória de valorização nos últimos meses. Em agosto, o preço médio por quilo era de R$ 31,51, quando o ciclo pecuário atravessava um período de baixa, com grande disponibilidade de gado para abate. No entanto, com a diminuição do número de bezerros, a oferta de carne bovina se reduziu. A seca severa que atingiu o Brasil, combinada com as queimadas, também afetou a produção de pasto, levando os pecuaristas a recorrerem ao confinamento, uma prática mais onerosa.
Outro fator que contribui para a alta da carne bovina é a demanda externa. O aumento das exportações tem reduzido a quantidade de carne disponível no mercado interno, o que exerce pressão sobre os preços. “Esse aumento também pode ser explicado pela forte demanda externa, que tem restringido a oferta para o mercado doméstico”, explica Anna Fercher, head de Customer Success e Insights da Neogrid.
Além da carne bovina, outros produtos alimentícios, como óleo e frango, também apresentaram elevações no preço, de 4,7% e 3,3%, respectivamente. Por outro lado, os preços de alguns itens, como legumes, farinha de mandioca, creme dental, leite em pó e leite UHT, sofreram quedas.
No acumulado de 2024 até outubro, o café foi o produto com o maior aumento de preços no Brasil, com alta de 36,3%, passando de R$ 36,89 em dezembro de 2023 para R$ 50,30 no último monitoramento. Outros itens que também apresentaram aumentos expressivos foram o leite UHT (25,0%), ovos (19,7%), refrigerantes (17,5%) e queijos (17,0%).
Em outubro, a região Sudeste observou as maiores elevações de preços nos seguintes produtos: carne bovina (8,0%), carne suína (5,6%), óleo (4,6%), ovos (3,9%) e frango (3,6%). As principais quedas ocorreram nas categorias de legumes (-7,9%), creme dental (-2,8%), leite em pó (-2,4%), farinha de mandioca (-2,2%) e leite UHT (-1,8%).
Fonte: Portal do Agronegócio
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