Bovinos de Corte

Pecuaristas de MT acreditam em crescimento da produção

Mato Grosso é atualmente o maior produtor de rebanho bovino nacional, com um plantel de aproximadamente 30 milhões de cabeças, segundo número do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea).


Publicado em: 22/03/2012 às 18:50hs

Pecuaristas de MT acreditam em crescimento da produção

São 108 mil propriedades rurais no Estado com produção de gado. Dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) mostram que o Estado aumentou sua participação nas exportações de carne bovina no acumulado de 2012, em relação ao ano passado. Em dois meses, Mato Grosso foi responsável por 16,63% dos embarques, ante os 15,93% registrados em 2011.

Para o pecuarista Luiz Carlos Meister, estes números podem ser ainda melhores. "O segmento da pecuária de corte está dividido em três níveis. O primeiro, que é a minoria, é de grandes produtores que atuam com estrutura adequada, o segundo nível também é de uma minoria, formado por produtores médios, que tem alguma estrutura e encontram deficiência para a criação. E por último os pequenos produtores, algo em torno de 75%, que estão mal preparados, tem baixa rentabilidade e sobrevivem com muita dificuldade", resume.

Meister foi um dos participantes na manhã dessa quarta-feira (21-03) do terceiro dia do Workshop das Cadeias Produtivas, realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), na sede da instituição. "A mão de obra da pecuária tem problemas básicos como o analfabetismo, que geram problemas para o desenvolvimento da cadeia", aponta. "A iniciativa do Senar demarca uma mudança. A hora que você ouve o que o seu cliente necessita e põe aquilo em prática, as chances de acertar o objetivo são muito maiores", avalia.

O superintendente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, concorda com a análise do pecuarista. "É positivo rever posicionamentos. A produção no Estado é muito dinâmica. Uma técnica usada há algum tempo, hoje é obsoleta. Mudando essas ferramentas podemos melhorar o resultado na propriedade. Isso é possível com novos treinamentos ou revisão dos que já são ofertados", afirma o presidente da associação que possui mais de três mil filiados.

Ainda participaram deste debate representantes o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), universidades, Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Senar-Central, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE-MT), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e Sindicatos Rurais de Santo Antonio do Leveger, Sinop e Água Boa. O Workshop das Cadeias Produtivas segue com representantes da cadeia de bovinos e à tarde, com os envolvidos no setor leiteiro.

Amanhã (22.03), último dia do workshop no mês de março, se encontrarão representantes de produções típicas da agricultura familiar: fruticultura, mandioca, olericultura, sistemas florestais e apícola. O Workshop volta no dia 12 de abril com o encontro dos representantes da cadeia da soja e do milho, que encerra o evento. (Fonte: ASCOM Senar-MT)