O processo de construção da marca de carne Angus Certificada a partir da certificação do Programa Carne Angus Certificada deram a tônica da apresentação feita pelo diretor de marketing da Associação Brasileira de Angus, Felipe Moura, no Workshop BeefPoint Marcas de Carne – realizada na tarde desta quinta-feira (22.11), em São Paulo (SP), encontro este que reuniu perto de uma centena de profissionais dos diferentes segmentos da cadeia produtiva da carne bovina.

A apresentação que durou perto de 25 minutos mostrou por meio de imagens e infográficos um pouco da trajetória do programa de certificação iniciado 2003 - época em que eram pouco mais de 20 produtores participantes e 20 mil abates realizados - até 2012, ano em que a associação deve fechar com balanço de mais de 4 mil propriedades r urais cadastradas e 250 mil cabeças abatidas.

Moura destaca que a consolidação do programa de qualidade da Angus se pautou desde o início na definição de uma ideia muito bem concebida, que transmitisse consistência e confiança ao mercado, ideia esta que o acompanha em cada uma das etapas do processo produtivo, da fazenda ao varejo. “Neste processo a certificação funcionou com ponto chave na consolidação do projeto que começou pequeno e que foi ganhando corpo ao longo dos anos”, destaca.

O investimento contínuo na melhora genética do rebanho e a busca por parcerias estratégicas com grandes empresas que atuam junto a cadeia produtiva da carne bovina funcionaram como importantes alavancas para impulsionar o crescimento do programa Carne Angus Certificada e consequentemente contribuíram para uma maior participação da Angus dentro do mercado ao longo da última década. “Essa situação foi muito beneficiada pela melhora do poder de compra das pessoas que passaram a consumir alimentos de melhor qualidade e a carne bovina está entre os alimentos preferidos das famílias brasileiras”, destaca o dirigente da Angus.

Na visão de Moura que também é pecuarista e selecionador de Angus o sucesso do cruzamento Angus no Brasil só existe porque o pecuarista se atinou para a importância da matriz nelore e sua complementaridade com a raça Aberdeen Angus no cruzamento, que é a responsável pela produção do bezerro, principal insumo necessário para que o setor produtivo consiga produzir o boi gordo com a qualidade, escala e regularidade tão desejada pela indústria e redes de varejo. “A definição dos preços é uma atribuição exclusiva do mercado e o produtor rural não tem poder de alterar isso. Porém, ele pode sim melhorar sua remuneração investindo em maior aporte de tecnologias para acelerar sua produção e melhorar da qualidade dos produtos ofertados a indústria, finaliza.