Bovinos de Corte

Exportações de Carne Bovina Desaceleram em Fevereiro, mas Receita Cresce 12,6%

Apesar da queda de 6% nos volumes embarcados em fevereiro, o valor das exportações de carne bovina aumentou significativamente, com destaque para a elevação nos preços médios


Publicado em: 17/03/2025 às 11:20hs

Exportações de Carne Bovina Desaceleram em Fevereiro, mas Receita Cresce 12,6%
Foto: Cleber Davidson

As exportações brasileiras de carne bovina apresentaram uma desaceleração no volume embarcado em fevereiro de 2025, com uma queda de 6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O total exportado em fevereiro de 2025 somou 217.108 toneladas, contra 230.504 toneladas no mesmo período de 2024.

No entanto, o valor das exportações registrou um expressivo crescimento de 12,6%. A receita gerada pelo setor passou de US$ 922,1 milhões em fevereiro de 2024 para US$ 1,038 bilhão em fevereiro de 2025. O preço médio da tonelada de carne bovina exportada subiu de US$ 4.000,00 para US$ 4.782,00, refletindo um aumento substancial no valor agregado ao produto.

No acumulado do primeiro bimestre de 2025, as exportações totalizaram 456.146 toneladas, uma redução de 2% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram embarcadas 465.651 toneladas. No entanto, a receita subiu 12%, atingindo US$ 2,066 bilhões, contra US$ 1,852 bilhão no primeiro bimestre de 2024. O preço médio da carne bovina também se destacou, subindo de US$ 3.977,00 por tonelada para US$ 4.529,00.

A China, principal destino das exportações brasileiras, reduziu suas compras em 5,3%, passando de 194.135 toneladas no primeiro bimestre de 2024 para 183.800 toneladas no mesmo período de 2025. Apesar da queda no volume, a receita gerada com as exportações para o país asiático aumentou 4,5%, atingindo US$ 895,9 milhões, contra US$ 857,5 milhões em 2024. O preço médio de exportação para a China foi de US$ 4.874,00 por tonelada, um aumento em relação aos US$ 4.417,00 de 2024.

Os Estados Unidos, segundo maior comprador da carne bovina brasileira, também apresentaram uma queda no volume importado, com uma redução de 12,1% nas compras, que passaram de 89.003 toneladas para 78.233 toneladas. Porém, a receita gerada pelas exportações para os EUA subiu 10,9%, alcançando US$ 286,3 milhões, comparado aos US$ 258,2 milhões do ano passado. O preço médio para os americanos foi de US$ 3.360,00 por tonelada, um aumento em relação aos US$ 2.901,00 de 2024.

O Chile, por sua vez, apresentou um crescimento notável, com um aumento de 61,7% nas importações, saltando de 11.926 toneladas em 2024 para 19.281 toneladas em 2025. A receita também subiu substancialmente, de US$ 54,5 milhões para US$ 105 milhões, um aumento de 92,5%.

A Argélia, por sua vez, registrou um aumento expressivo nas importações, subindo para a quarta posição entre os maiores compradores de carne bovina, com um crescimento de 199% no volume adquirido, passando de 5.322 toneladas em 2024 para 15.956 toneladas em 2025. A receita da Argélia mais que quadruplicou, passando de US$ 24,1 milhões para US$ 85,4 milhões, um impressionante aumento de 254%.

Outros países como Itália e Líbia também demonstraram crescimento nas importações, contribuindo para o aumento no número total de importadores que elevaram suas aquisições de carne bovina. Ao todo, 89 importadores aumentaram suas compras, enquanto 51 reduziram suas aquisições.

Fonte: Portal do Agronegócio

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