Bovinos de Corte

Embrapa estuda viabilidade econo?mica de bovino pantaneiro

Quatro nu?cleos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecua?ria (Embrapa) estudam a viabilidade comercial do bovino pantaneiro nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Desde a de?cada de 80, pesquisadores e criadores trabalham para obter a caracterizac?a?o gene?tica da rac?a e, assim, aumentar o rebanho


Publicado em: 15/07/2013 às 18:30hs

Embrapa estuda viabilidade econo?mica de bovino pantaneiro

A estimativa da Associac?a?o Brasileira dos Criadores de Bovinos Pantaneiros, fundada este ano, e? que aproximadamente 5 mil cabec?as ainda habitem livremente o bioma. O trabalho de pesquisa ja? garantiu a formac?a?o de um rebanho menor, de quase 2 mil animais, em criato?rios.

Presidente Paulo Moura explica que os trabalhos tem como principal objetivo a preservac?a?o da rac?a, presente nos dois Estados ha? se?culos. “E? uma rac?a de origem europe?ia que foi trazida para ca? na e?poca da corrida pelo ouro com dois objetivos: servir como animal de carga e alimentar as tropas. Alguns se evadiram dos rebanhos, se multiplicaram e foram se adaptando as condic?o?es da regia?o”.

Resiste?ncia no casco para vencer longos trechos de alagados, aperfeic?oamento do olfato e chifres para se defender de ataques, sa?o algumas das caracteri?sticas dos animais. “Com o cruzamento com animais de outros rebanhos a rac?a esta? perdendo suas caracteri?sticas. Por isso este trabalho de multiplicac?a?o de matrizes e? fundamental”.

O segundo desafio e? a obtenc?a?o do registro da rac?a no Ministe?rio da Agricultura e Pecua?ria. Apesar de ser reconhecido como patrimo?nio ge- ne?tico do Estado, o bovino pantaneiro ainda na?o e? uma rac?a com valor comercial.

Pesquisadora da Embrapa Pantanal Raquel Soares Juliano afirma que, somente apo?s este reconhecimento, e? possi?vel estudar estrate?gias de produc?a?o para viabilizar o come?rcio da carne. Testes realizados em 3 de?cadas ja? comprovaram o elevado potencial de desenvolvimento do gado. Tanto machos quanto fe?meas iniciam o ciclo reprodutivo mais cedo do que outras rac?as.

Outra caracteri?stica e? a qualidade da carne.

E? marmorizada, com alto teor da gordura, que a torna mais macia e suculenta. “No?s fizemos uma pesquisa com consumidores e detectamos que a qualidade e seguranc?a alimentar tem sido decisi- vos na hora da compra. Muitos esta?o dispostos a pagar mais por uma carne melhor”.

A rac?a tambe?m apresentou grande potencial para produc?a?o de leite. Testes sa?o feitos para identificar o tipo de dieta mais aconselha?vel pa- ra os animais utilizados na atividade leiteira.

No u?ltimo sa?bado, produtores e pesquisado- res se reuniram em Cuiaba? para debater estas e outras estrate?gias de conservac?a?o e agregac?a?o de valor ao bovino pantaneiro. Raquel lembra que, mesmo obtendo o registro da rac?a, o setor na?o possui rebanho suficiente para corte. “Uma das estrate?gias e? multiplicar animais meio sangue, por meio de cruzamentos com outras rac?as. Ja? fizemos testes e eles se desenvolveram muito bem”.

No Rio Grande do Sul, o bovino crioulo lagea- no, e em Goia?s o raleiro pe? duro, rac?as com mes- mo histo?rico do pantaneiro, ja? obtiveram registro junto ao Ministe?rio da Agricultura e Pecua?ria.

Fonte: A Gazeta

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