Publicado em: 11/04/2025 às 16:00hs
O mercado físico do boi gordo no Brasil encerrou mais uma semana com elevação nos preços, refletindo o fortalecimento da demanda ao longo da primeira quinzena de abril. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, a combinação entre o bom ritmo de compras e o encurtamento das escalas de abate contribuiu diretamente para a valorização das cotações da arroba em diversas regiões do país.
Outro fator que tem sustentado os preços, segundo Iglesias, é a expectativa de que o Brasil amplie sua participação nas exportações de carne bovina para a China. O analista observa que, em meio às tensões comerciais impulsionadas pelas políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o mercado internacional permanece instável e atento a novas oportunidades. “Esse cenário gera nervosismo, dada a imprevisibilidade em torno da guerra comercial em curso”, ressalta.
Os preços da arroba do boi gordo negociada a prazo apresentaram os seguintes valores nas principais praças de comercialização brasileiras:
No segmento atacadista, os preços da carne bovina também seguiram em trajetória de alta durante a semana, impulsionados pela injeção dos salários na economia e pela expectativa de aumento no consumo, motivado pelos feriados prolongados da Páscoa e de Tiradentes.
Segundo Iglesias, as exportações brasileiras de carne bovina continuam em patamares elevados, com boas perspectivas de recorde histórico nesta temporada. No atacado, o quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 26,00 o quilo, alta de 1,96% em relação aos R$ 25,50 da semana anterior. Já o quarto dianteiro registrou cotação de R$ 19,00 o quilo, avanço de 2,70% frente aos R$ 18,50 praticados anteriormente.
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada movimentaram US$ 185,193 milhões nos quatro primeiros dias úteis de abril, com uma média diária de US$ 46,298 milhões. No total, foram exportadas 37,420 mil toneladas, o que representa uma média diária de 9,355 mil toneladas, com preço médio de US$ 4.949,00 por tonelada.
Na comparação com abril de 2024, houve aumento de 8,2% no valor médio diário exportado, ligeira queda de 0,9% no volume médio diário e avanço de 9,2% no preço médio por tonelada.
Fonte: Portal do Agronegócio
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