Bovinos de Corte

Consumo de carne bovina tem queda de 40% em Mato Grosso

Redução de até 40% no consumo de carne bovina nos últimos 30 dias refletiu nos preços no varejo, especialmente dos cortes nobres, que baratearam cerca de 5%.


Publicado em: 28/05/2012 às 12:00hs

Consumo de carne bovina tem queda de 40% em Mato Grosso

Tendência continua sendo de queda nos preços, tanto de compra quanto de venda, segundo o Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo-MT). Consumo doméstico estava sustentando preços na indústria, no atual período de queda nas exportações da carne bovina.

No 1º quadrimestre foi observada diminuição de 4,8% na quantidade embarcada, equivalente a 52,182 mil toneladas, contra 54,814 mil (t) em igual período de 2011. Com esse volume, foram movimentados US$ 246,376 milhões até abril deste ano, ante os US$ 249,705 milhões de 2011. Segundo o diretor do Sindifrigo, Paulo Bellincanta, a indústria frigorífica está repassando a arroba da carne até R$ 7 mais barata (7,52%) para o varejo. “Tínhamos venda a R$ 93 a arroba do boi gordo aos açougues e agora estamos vendendo a R$ 86”.

Pelo quilo de carne com osso, a queda nos últimos 15 dias chega a ser de 40 centavos. Preço pago aos pecuaristas pela arroba do boi gordo está mantido em R$ 83,46, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Atualização semanal da cotação indica queda de 0,57% em comparação com os preços da semana anterior, quando a arroba do boi esteve cotada em R$ 83,94. Preço da arroba da vaca gorda também diminuiu 0,17% no mesmo período, chegando a R$ 75,26. “A compra caiu muito e nessa última semana está muito maior, o mercado está travado e o que sustentava os preços era o consumo interno”.

Nesse cenário, até mesmo a oferta de carne diminuiu, diz o vendedor Manoel Souza Oliveira, do açougue Ponto da Carne. “Está muito difícil conseguir carne, acho que o pecuarista está segurando mais, afetando o abate”. Oliveira diz que no fim de abril as vendas no local caíram 25%. Em outro açougue de Cuiabá, o proprietário Leandro Gonçalves também notou retração nas vendas no mesmo período, estimada em 40%, mas diz que a variação no preço foi imperceptível.

Para o consumidor Fábio Luiz Fernandes, acostumado a comprar em média 40 quilos de carne a cada 15 dias, sendo 75% bovina, a diferença foi notada especialmente nos preços dos cortes nobres. “Compro muito filé mignon e picanha e paguei R$ 39 no quilo na última vez, hoje comprei por R$ 28,59”.

Fonte: A Gazeta

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