Duzentos e dez animais de várias raças foram confinados por mais de cento e dez dias, nas mesmas condições de alimentação, e regidos por regulamento de idade. Os animais não podem exceder os vinte e sete meses, para participarem dessa cota especial destinada a exportações para a União Europeia.

No concurso, o Charolês demonstrou as suas qualidades nessa competição, pois além da primeira colocação, a rês que ficou com a distinção de segundo melhor colocado foi um Charolês puro, pertencente ao criador José Jorge de Boismenú. Dos dez melhores colocados, cinco continham a genética da raça Charolesa.

 O animal vencedor do concurso apresentou uma carcaça muito parelha em todos os sentidos, com ótimo rendimento dos cortes principais, 62% de rendimento em quarta balança, boa área de lombo e de marmoreio.

José Jorge de Boismenú participa desse tipo de concurso desde 1964 e analisou que, "necessitamos de uma raça continental para podermos ganhar espaço nos mercados internacionais’’, segundo Boismenú, para fazer um novilho para as cotas do futuro, é importante cruzar com Charolês as vacas das raças britânicas.

O júri foi formado pelo Dr. Luís Castro, Dr. Fernando Rovira e Inês Horta. Os jurados avaliaram os seis cortes do traseiro, e contemplaram dezessete cortes da meia carcaça, explicou o Dr. Luís Castro, tudo isso para um concurso de carne de qualidade. Que segundo o consultor Rafael Tardáguila, a tonelada da cota 481 está sendo exportada por um valor em torno dos US$ 9.000.