Bovinos de Corte

Bovinocultura: Relação de troca em MT cai neste trimestre

No mesmo período de 2011 um boi gordo equivalia a 2,17 bezerros, agora 2,01


Publicado em: 10/05/2012 às 08:10hs

Bovinocultura: Relação de troca em MT cai neste trimestre

Preço firme do bezerro e a queda no boi gordo reduziram o volume de negócios no mercado de reposição. A relação de troca entre o boi gordo (16,5@) e o bezerro (12 meses), em Mato Grosso, no primeiro trimestre deste ano sofreu queda em comparação ao ano passado, destaca o Boletim Semanal do Instituto Mato-grossense de Agropecuária (Imea), divulgado na última segunda-feira. Enquanto nos primeiros três meses do ano passado com a venda de um boi gordo compravam-se 2,17 bezerros, a mesma operação no último trimestre passou para 2,01 bezerros, baixa de 7,3% no poder aquisitivo do invernista, o criador que está de olho na engorda do animal.

Como explicam os analista de pecuária do Imea, o recuo no poder da relação de troca ocorre porque o preço do animal jovem segue firme – mesmo apresentando ligeira queda de 0,5% - enquanto a arroba do boi gordo acumulou queda de 7,8% no mesmo período.

“Apesar do menor patamar da relação de troca encontrada neste primeiro trimestre do ano, ela ainda se encontra em nível superior ao registrado no respectivo período dos anos de 2009 e 2010, quando estava em 1,82 bezerros/boi”, lembra o Imea.

Avaliando outros elementos que compõe a relação de troca, o Imea aponta que no fechamento do primeiro trimestre do ano alguns insumos registraram valorização em parte deles, como, por exemplo, o mata bicheiras Fort Dodge, que fechou em alta de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado, cotado a R$ 5,31/lata 500 ml. “A alta aliada à queda no valor da arroba coloca o pecuarista em situação de maior desvantagem”, uma vez que o boi gordo vinha em constante queda, variando negativamente 10,4% no mesmo período, com a média de R$ 82,92/@ em março. “Isso afetou diretamente na relação de troca entre o produto da Fort Dodge e o produto final do pecuarista, fazendo com que sua relação de troca passasse de 18 latas/@, em março do ano passado para 15,6 latas/@ em março deste ano, reduzindo o poder de compra do produtor. Os custos com a sanidade animal, em grande parte, apresentaram aumento nos últimos 12 meses, em contramão ao preço do boi gordo”, observa o Boletim.

FUTURO: O contrato futuro do boi gordo para maio registrou ligeira desvalorização no acumulado da semana passada. O próximo vencimento iniciou os trabalhos da semana com baixa de R$ 0,25/@ no fechamento de segunda-feira. Após o feriado de terça-feira, mesmo com uma sensível alta da cotação na quarta-feira, os preços no mercado futuro retornaram a registrar queda, encerrando os trabalhos na sexta-feira com o contrato negociado a R$ 94,30/@. No mercado físico, as cotações também não obtiveram alta, com o indicador Esalq/BM&FBovespa chegando ao preço de R$ 93,86/@ na sexta-feira, retornando ao patamar do dia 23 do mês passado.

Fonte: Diário de Cuiabá

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