Bovinos de Corte

Bopriva: os abates mostram sucesso do método de castração imunológica de bovinos no Brasil

Bopriva permite aos pecuaristas controlar o comportamento do rebanho e obter melhoria da qualidade de carcaça, sem os riscos de complicações pós-cirúrgicas


Publicado em: 16/02/2012 às 11:50hs

Bopriva: os abates mostram sucesso do método de castração imunológica de bovinos no Brasil
Lançada em maio deste ano pela Pfizer Saúde Animal, a vacina Bopriva permite a castração imunológica de bovinos e tem sido adotada por pecuaristas e frigoríficos brasileiros para melhorar a qualidade da carcaça e controlar o comportamento do rebanho. Os 1os abates comprovam o sucesso da vacina na cadeia pecuária (vide quadro com depoimentos ao final do texto). “Pioneiro, Bopriva permite obter as mesmas vantagens dos métodos tracionais de castração, sem os riscos de complicações pós-cirúrgicas como estresse do animal, infecções, bicheiras, perda de peso e até mesmo morte. A vacina tem mudado a maneira de os pecuaristas lidarem com a castração, sem contar os benefícios ao bem-estar animal”, ressalta Fernanda Hoe, gerente de produto da unidade de negócios Bovinos da Pfizer Saúde Animal. 
 
A aceitação da vacina pelos pecuaristas tem sido boa de norte a sul do País. “Nosso maior potencial está na região Centro-Oeste, que concentra 30% do rebanho bovino brasileiro. Porém temos obtido excelentes resultados em todo o território nacional”, comemora Fernanda. 

BOPRIVA EM NÚMEROS
 
• 500 participantes na palestra de apresentação nacional do produto para pecuaristas, técnicos e veterinários. Evento realizado durante o curso “Novos Enfoques na Produção e Reprodução de Bovinos”, em março de 2011, em Uberlândia (MG)
 
• Aprovação no MAPA: novembro de 2010
 
• Lançamento oficial no Brasil: maio de 2011 
 
• 152 palestras regionais de lançamento, em 21 estados: GO, SP, MS, MG, PR, RS, SC, BA, PA, MA, TO, PE, PI, CE, AL, PB, RN, RO, DF, AC e MT 
 
• Público de 12.160 pessoas abordadas nos eventos de lançamento
 
• Bopriva está disponível hoje no Brasil e na Nova Zelândia. Os próximos mercados a receber a vacina devem ser Argentina e México
 
Conscientização da cadeia
 
Bopriva foi o primeiro lançamento da Pfizer Saúde Animal no Brasil que contou com um processo de conscientização da cadeia produtiva de ponta a ponta. “Não bastava comunicarmos o lançamento aos pecuaristas ou veterinários que atuam nas fazendas, por exemplo. Era preciso apresentar também os resultados de Bopriva aos frigoríficos, treinar os técnicos que ficariam responsáveis pela vacinação dos animais e orientar de maneira adequada as revendas. Também ressaltamos, por meio de resultados de pesquisas sobre os métodos tradicionais de castração, para os prejuízos que comumente causam aos produtores e para todo estresse animal que provocam”, afirma Fernanda.
 
Segundo a executiva, as conversas com os frigoríficos começaram durante as pesquisas para o lançamento de Bopriva no Brasil, em 2008. Entre 2008 e maio de 2011, também foram realizados os primeiros abates destes projetos, totalizando 3.700 animais – sempre com excelente resultado.
 
“Após as primeiras palestras de apresentação do produto, estamos mantendo um ciclo constante de seminários e visitas técnicas de orientação sobre Bopriva em todo o País. Realizamos estes treinamentos contínuos para garantir que a vacina seja sempre aplicada da forma correta de acordo com o protocolo recomendado e, assim, o pecuarista obtenha os resultados esperados. Trata-se de uma tecnologia pioneira e, portanto, este trabalho é de extrema importância”, reforça Fernanda. 
 
Perfil dos clientes
 
A maior parte dos clientes de Bopriva utiliza o sistema de criação de bovinos a pasto. Hoje o gado a pasto representa mais de 90% dos abates do País. “Entre nossos clientes, muitos haviam parado de castrar os animais devido à mão-de-obra que envolve os métodos tradicionais. Outros clientes, que trabalham no esquema de confinamento e não castravam os animais, passaram a utilizar Bopriva porque fazem parte de programas que exigem carcaças de qualidade superior e/ ou têm tido muitos problemas com comportamento sexual e agressivo de machos inteiros”, explica Fernanda. 
 
Confira abaixo depoimentos do programa de qualidade Bonsmara Beef e de alguns pecuaristas que já realizaram os primeiros abates de animais imunocastrados com Bopriva. Eles estão disponíveis para entrevista: 
 
DEPOIMENTOS 
 
Bonsmara Beef, São Paulo (SP)
“Nos programas de qualidade nos quais atuo, exigimos que 100% dos animais sejam castrados. Portanto, fizemos um teste para saber se podíamos substituir a castração cirúrgica pela castração com Bopriva. Ainda estamos avaliando as características da carne produzida, mas as análises iniciais são muito positivas em relação ao comportamento dos animais, ao acabamento de carcaças (média de 80% das carcaças classificadas como aptas ao Bonsmara Beef) e ao marmoreio da carne. 
 
Obviamente, aliamos o uso de Bopriva a um animal com potencial genético e adoção de dieta de alta densidade energética, com alto nível de amido.” – Roberto Barcellos, presidente da Bonsmara Beef e diretor da Beef & Veal,  consultoria em qualidade de carne que presta serviços em todo o País. 
 
A Bonsmara Beef aceita apenas carne de bezerros de touros Bonsmara com no mínimo 75% de sangue de raças taurinas (não zebu). Testes de DNA são realizados para comprovar a paternidade e composição racial estipulada. Os animais são tratados por equipes especializadas, recebem alimentação balanceada e ingestão de insumos controlados para que o sabor da carne seja mantido inalterado. Os animais são abatidos jovens, entre 18 e 30 meses.
 
O 1º lote de fazendas parceiras do programa Bonsmara Beef abatido com Bopriva tinha cerca de 100 animais. O abate foi realizado na primeira quinzena de outubro de 2011, no frigorífico Minerva, em Palmeiras de Goiás (GO). O 2º lote de bovinos imunocastrados recebido pelo programa também tinha em torno de 100 animais e foi realizado no frigorífico Minerva, em José Bonifácio (SP). Os parceiros do programa optaram pela castração imunológica para obter melhor acabamento de carcaça. 
 
Fazenda Bom Princípio, em Dourados (MS)
“Eu costumava fazer uso da castração cirúrgica porque precisava, mas não era interessante para mim. Quando eu soube do lançamento de Bopriva, encarei o desafio e tive uma aceitação muito boa do meu rebanho tanto no que se refere ao comportamento no confinamento quanto à carcaça. Os meus animais foram muito bem aceitos no frigorífico com que trabalho. Até agora, foram abatidos 570 animais e eu pretendo continuar usando Bopriva por muito tempo.” – Caio Rebelo Brandão, proprietário da Fazenda Bom Princípio.
 
A propriedade possui 3.300 animais. O sistema de produção da fazenda Bom Princípio envolve ciclo completo com gado criado a pasto e engorda de terminação em confinamento. O 1º lote abatido com Bopriva tinha 135 animais. O abate foi realizado em um frigorífico da JBS-Friboi, em Naviraí (MS). A Fazenda Bom Princípio optou pela castração imunológica para controlar o comportamento sexual dos animais e obter melhor acabamento de carcaça. 
 
Rio Doce Café/ Fazenda Pantanal, em Linhares (ES)
 
“Ficamos muito satisfeito com o resultado de Bopriva. Fizemos, por iniciativa própria, uma prova com outro lote ‘sem a vacina’ e o ganho dos bovinos imunocastrados com Bopriva foi muito bom: os animais ficaram praticamente sem stress nenhum e de fácil manejo. No abate vimos nitidamente um acabamento de gordura desse gado muito superior ao ‘lote prova’, abatido no mesmo frigorífico.
 
Considero Bopriva o início de uma grande revolução na pecuária de corte, onde não se fará mais o uso da castração propriamente dita, facilitando o manejo e reduzindo o tempo para abate.” –  Cicero S. Breda, proprietário e diretor da Rio Doce Café. 
 
A Fazenda Pantanal possui 3.400 animais. O sistema de produção da fazenda Pantanal envolve ciclo completo com gado criado a pasto e engorda de terminação em confinamento. O 1º lote abatido com Bopriva tinha 40 animais e foi realizado em Fundão (ES). O 2º lote de bovinos imunocastrados, também com 40 animais, foi abatido em 26 de outubro de 2011. A Fazenda Pantanal optou pela castração imunológica para controlar o comportamento sexual dos animais e obter melhor acabamento de carcaça. 
 

Fonte: CDN Comunicação

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