O grave quadro da sanidade animal na Europa, no final do século XX, especialmente com o advento da encefalopatia espongiforme bovina (bovine spongiform encephalopathy – BSE – doença da vaca louca4), da febre aftosa e da contaminação de alimentos pelas dioxinas, colocou em destaque a absoluta necessidade da busca de métodos cada vez mais seguros, para proceder ao acompanhamento não só da vida dos animais, mas de todo o trânsito, estocagem e comercialização do seu produto. Por isso, a BML – Pesagem e Identificação Animal, comparece a 18a Feicorte - Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne, para propor uma solução completa de rastreabilidade bovina -- do nascimento dos bezerros, sua geolocalização, vida sanitária e nutricional, passando pelo abate, até a mesa do consumidor final.

A empresa, que é especializada na fabricação de balanças eletrônicas e sistemas de gerenciamento bovino por RFID, apresenta nesta 18a Feicorte,  o  sistema computacional Bull Tag, criado para auxiliar os  pecuaristas, frigoríficos ou governo  no  processo  de rastreabilidade  do rebanho nacional.  Segundo João Maria Lopes Azevedo, diretor comercial da BML,  “o sistema Bull Tag é um conjunto de chips e softwares,  acessíveis pela internet, que visam fornecer os mesmos serviços de um sistema local (sistema de desktop), capaz de gerenciar o animal desde o nascimento, até o consumidor final”. O sistema permite que o pecuarista realize um cadastro geral de sua propriedade, identificando cada animal, as condições de alimentação, sanidade, pesagem, gerando históricos da movimentação desses rebanhos, identificação e consultas futuras, o que irá auxiliá-los, na tomada de decisões.

Para o executivo da BML, o Sistema Bull Tag vem atender a uma demanda do mercado internacional de carne, que exige certificação e rastreabilidade do produto, observando que a carne rastreada tem gerado uma diferenciação de preço em relação à carne normal representando um preço mais alto para o pecuarista. Com esse sistema, o pecuarista também consegue diagnosticar, com antecedência, possíveis problemas no processo de engorda do animal, interferindo e melhorando ou monitorando a dieta dos mesmos, para cima ou para baixo, de acordo com a pesagem dos animais.  O executivo ressalta que a exigência da rastreabilidade da carne, por parte da União Europeia, trouxe uma grande inquietação aos países exportadores, em especial ao Brasil. E, para não perder um de seus principais mercados (a União Europeia) e se projetar à frente das exigências de outros mercados, o Brasil teve de se adequar a essa tendência e criar seu próprio sistema de rastreabilidade.

Por isso, o governo brasileiro, por meio do MAPA, instituiu o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina, o SISBOV, que estabelecem as diretrizes, os requisitos, os critérios e os parâmetros para o credenciamento de entidades certificadoras junto ao SISBOV. Embora tenha havido certa relutância de grande parte dos pecuaristas em realizar a rastreabilidade de seus rebanhos, levando-se em conta uma série de questões, desde o tamanho das propriedades, a grande quantidade de animais, a falta de mão de obra adequada e até o custo da implantação do sistema, a questão foi ganhando corpo nas discussões de negócios internacionais, com a União Europeia, fazendo exigências cada vez mais severas de seus fornecedores de carne e derivados de leite, obrigando-os, cada vez mais, a se adequarem as novas condições impostas pelo consumidor internacional, que quer consumir um produto de qualidade comprovada, sem danos para sua saúde, e para toda a cadeia produtiva, como o meio ambiente onde o animal é produzido, os funcionários envolvidos em todo o processo, desde a cria até o abate, até a chegada do bife em seu prato.

“Por meio do Sistema Bull Tag, todo esse monitoramento acontece em tempo real, obtendo-se um histórico da evolução no ganho de peso do animal, em qualquer tempo e hora que o pecuarista o desejar, pois todo o processo é feito on-line, ou seja, o pecuarista pode acompanhar o seu rebanho a distância, virtualmente, e saber exatamente o que está acontecendo com ele”, enfatiza João Maria Lopes Azevedo. O sistema Bull Tag, também garante a localização geofísica dos animais, por GPS, gerando uma Identificação do local onde realmente se encontra o animal, totalmente de acordo com as Sisbov.

Já para os frigoríficos, essa é uma solução que lhes trará um reconhecimento internacional, pois graças a ela, eles poderão selecionar melhor seus fornecedores, certificando-se das reais condições de cria e desenvolvimento dos rebanhos, obtendo-se maiores e melhores referências de sua cadeia de fornecedores, pois o Sistema Bull TAg permite um verdadeiro raio X de toda a cadeia bovina.  “Com este sistema é possível estabelecer a garantia da origem da carne comercializada, tornando viável o acesso a informações sobre origem e manejo dos animais”, destaca João, ressaltando que essa garantia passou a ser uma exigência de muitos mercados acessados pela carne brasileira.

Outro fator que torna o produto bastante atrativo para os pecuaristas, em relação a outros serviços semelhantes, é que a BML nacionalizou 80% da produção do Chip – Transponder, barateando o seu custo aos produtores. O risco de fraudes, com esse produto, também é bastante reduzido, pois o processo de rastreabilidade pode ser auditado a qualquer instante e lugar.  Sendo que, com a nacionalização do Chip e com o uso de softwares Open-Source a BML, consegue fornecer o melhor custo beneficio para a cadeia de carne bovina. A solução tecnológica da BML consiste em equipamentos (todos munidos de bateria própria) e softwares embarcados.

Sobre a BML

A BML - Pesagem e Identificação Animal é uma empresa de desenvolvimento de tecnologia, voltada para o agronegócio e para a pecuária de corte. Sua principal proposta é atender o produtor rural com soluções completas de rastreabilidade bovina -- do nascimento dos bezerros, sua geolocalização, vida sanitária e nutricional, passando pelo abate, até a mesa do consumidor final, processo que vem desenvolvendo no Brasil há seis anos. Todos os seus projetos e engenharia são 100% nacionais. Segundo João Maria Lopes Azevedo, seu diretor comercial, que há 24 anos atua no mercado, incialmente com balanças e pesagem de animais, a BML “veio para somar e para oferecer novas tecnologias ao agronegócio brasileiro, contribuindo para o melhor desenvolvimento da cadeia produtiva da carne”.