Criar gado confinado virou alternativa para manter a engorda do rebanho. A estiagem e as pragas foram responsáveis por diminuir a oferta de pasto. Neste mesmo cenário, o pecuarista mato-grossense resolveu investir no confinamento.

A previsão, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é o gado criado confinado deve chegar a 930 mil cabeças neste ano. O volume representa um crescimento de 14,3% em relação ao ano passado, quando 797 mil animais eram confinados. De acordo com o analista do Imea, Carlos Ivan Garcia, a região oeste do estado se destaca com aumento de 32%. "O setor está otimista. O aumento da intenção de confinar pode resultar em uma maior oferta de gado na época da entressafra".

O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, concorda que a intenção de confinar é uma alternativa para diminuir a demanda sobre as pastagens. No entanto, ressalta que a medida não é uma das mais baratas para o bolso do pecuarista. "O confinamento é um negócio que se for mal planejado pode resultar em prejuízos". Ele aponta que são gastos cerca de R$ 5 por dia para manter um animal confinado. Já o gasto para a renovação da pastagem não chega a R$ 3 por cabeça. "Esses números mostram que o confinamento não é a melhor maneira para driblar a crise nas pastagens".