Publicado em: 25/03/2013 às 15:20hs
Avicultores de Pará de Minas, no Centro-Oeste do estado, enfrentam dificuldades para manter a produção. Os criadores esperavam que, com o início da colheita em várias regiões do país, o milho ficasse mais barato. Mas o preço aumentou. Na cidade, a saca de 60 quilos é comercializada agora por R$ 30, ou seja, R$ 2 mais caro do que em março do ano passado.
Wayne Franco, produtor independente, está com dificuldade para alimentar as 40 mil aves. “O preço está muito alto ainda. Nossa expectativa é que com a continuidade da colheita, esse preço tenha necessidade de cair para gente continuar sobrevivendo”, reclamou o avicultor.
Além do preço do milho, os avicultores de Minas Gerais enfrentam outro problema: falta pintinho no mercado. Em oito galpões, o criador Marcos Vinícius cria 260 mil frangos. Para manter o ciclo da produção, o último lote de pintinhos teve uma alta no preço de 57%. “Há três meses, pagavamos R$ 0,70 e hoje está R$1,10, o que representa quase 50% do preço do frango”, observou o criador.
A qualidade das aves é outra reclamação dos produtores. Segundo eles, os pintinhos estão chegando às granjas com baixa imunidade, o que tem aumentado o custo da produção. “Gastamos muito mais com insumos, medicamentos, remédios, vitaminas e acaba que a ração fica mais cara do que o normal.”, completou.
O problema
Os produtores dizem que a falta de pintinhos no mercado neste primeiro trimestre é provocada pelo descarte de matrizes, ou seja, das galinhas, nas granjas incubadoras ocorrida no ano passado. Em todo o país, a produção de pintinhos em 2012 teve uma queda de 3,8%. Em Minas, a queda foi de 7%.
O presidente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), Antônio Carlos Vasconcelos, diz que a retomada na produção de pintinhos pode demorar um pouco porque as incubadoras têm que recompor o plantel das matrizes. “Para essa cadeia ser recuperada, nós vamos ainda ter uns seis meses pela frente. Provavelmente vamos ter o preço do pintinho ainda maior nessa fase", explicou.
Fonte: G1
◄ Leia outras notícias