Avicultura

Preço do frango vivo é recorde em MG

A alta também é atribuída ao aumento dos custos de produção e aos preços inferiores aos de 2012


Publicado em: 30/01/2013 às 19:30hs

Preço do frango vivo é recorde em MG

Redução da oferta no Estado está impulsionando vendas; quilo do animal é comercializado por R$ 3,05.

A redução da oferta de frango em Minas Gerais está impulsionando os preços e fazendo com que o valor recorde registrado em dezembro se mantenha ao longo de janeiro. No Estado, o quilo do animal vivo é negociado a R$ 3,05, valor que acumula alta de 5,3% quando comparado ao praticado nos primeiros dias de janeiro e 96,95% superiores aos registrados em igual mês de 2012.

De acordo com o analista da Safras & Mercados Fernando Henrique Iglesias, a tendência é de manutenção dos preços nos patamares atuais, com possibilidades de novas altas no início de fevereiro.

"O que percebemos é que a oferta de animais está bem inferior à demanda, tanto no atacado como nas granjas. Este fator será fundamental para a sustentação dos preços atuais. Além disso, outro fator que irá contribuir para a alta é o pagamento dos salários no início de fevereiro, o que estimula o consumo de carnes e, por conseqüência, os preços", disse Iglesias.

A alta do valor do frango vivo é também atribuída ao aumento dos custos de produção e aos preços inferiores aos praticados em boa parte de 2012, o que estimulou vários avicultores a diminuírem o plantel, o que vem impactando na oferta em janeiro.

A valorização do frango vivo surpreendeu o setor, que tradicionalmente registra queda significativa na cotação ao longo do primeiro mês do ano. O valor atual é suficiente para cobrir os custos de produção e gerar lucro satisfatório para os avicultores.

"A alta observada em Minas Gerais não era esperada. Janeiro normalmente é marcado por um baixo consumo devido ao período de férias. O segmento já reduz a produção para evitar quedas substanciais, mas, como 2012 foi um ano de custos elevados, esta redução foi ainda maior, fazendo com que a oferta se mantenha inferior à demanda e os preços equivalentes aos registrados em dezembro", disse Iglesias.

O preço médio praticado em Minas Gerais ao longo da terceira semana do mês foi de R$ 3,05 por quilo do animal vivo. O valor ficou 5,3% maior que o registrado na primeira semana de janeiro de 2013 e equivalente ao registrado na terceira semana de dezembro de 2012, quando os preços foram alavancados devido à forte demanda promovida pelas festas de fim de ano e pelo pagamento do 13º salário.

Em relação a janeiro de 2012, a cotação do frango vivo supera em 96,95% o R$ 1,55 observado no período. Mesmo com o incremento verificado na cotação do frango, no curto prazo não existem sinalizações de ampliação da oferta.

Embarques - Ao contrário dos preços no mercado interno, as exportações de frango em janeiro, na média Brasil, estão em queda.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), mostram que o volume de carne de frango exportado em janeiro foi de 156,1 mil toneladas, com média diária de 12 mil toneladas, o que indica uma retração de 23,6% frente à média de 15,7 mil toneladas registradas em dezembro, quando os embarques somaram 314,2 mil toneladas.

Na comparação com janeiro de 2011, quando foram embarcadas 293,7 mil toneladas, com média diária de 13,4 mil toneladas, a baixa foi de 10,1%.

No mercado brasileiro, ao contrário do que se esperava, as cotações no mercado de frango vivo registraram preços de estáveis a mais altos na maior parte das praças de comercialização, de acordo com avaliação da Safras & Mercado. O resultado é fruto de uma demanda bastante firme e de uma oferta bem ajustada. "Isso é um ótimo indício para o ano de 2013", comenta o analista Fernando Iglesias. Por conta da boa resposta do mercado nesta semana, Iglesias sinaliza que os indicativos para o curto prazo são de preços estáveis a mais altos novamente.

O preço médio obtido pela carne de frango em janeiro de 2013 foi de US$ 1,994 mil por tonelada, valor 3,6% menor em comparação com os US$ 2,068 mil pagos pela tonelada em dezembro de 2012 e 9,9% superior na comparação com os US$ 1,814 mil por tonelada obtido em janeiro de 2012.

Fonte: Diário do Comércio

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