Foto: Jonathan-Campos

O mês de outubro foi marcado por um expressivo aumento nos preços da carne de frango no atacado e nos mercados independentes, segundo análise de Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado. A avicultura de corte brasileira registrou intensa movimentação no setor, impulsionada por uma demanda crescente, especialmente diante do encarecimento da carne bovina, proteína concorrente.

O analista observa que essa dinâmica sugere uma transição dos consumidores para proteínas substitutivas, com ênfase na carne de frango. O levantamento realizado pela Safras & Mercado indicou variações significativas nos preços dos cortes de frango em São Paulo. O preço do quilo do peito congelado subiu de R$ 10,40 para R$ 10,50, enquanto o quilo da coxa passou de R$ 7,60 para R$ 8,30. O quilo da asa, por sua vez, registrou uma alta considerável, saltando de R$ 10,75 para R$ 13,25. Nos preços de distribuição, os cortes também apresentaram incrementos, com o peito indo de R$ 10,60 para R$ 10,75 e a coxa de R$ 7,80 para R$ 8,50.

Os cortes resfriados também sofreram alterações durante o mês. No atacado, o quilo do peito resfriado aumentou de R$ 10,50 para R$ 10,60, enquanto o da coxa subiu de R$ 7,70 para R$ 8,40. No que tange à distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 10,70 para R$ 10,85.

Os dados levantados nas principais praças de comercialização do Brasil revelam que, em Minas Gerais, o preço do quilo vivo do frango subiu de R$ 5,35 para R$ 5,40, enquanto em São Paulo se manteve estável em R$ 5,50. A cotação na integração catarinense permaneceu em R$ 4,25, e no oeste do Paraná, em R$ 4,00. Em Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo aumentou de R$ 5,20 para R$ 5,35, com elevações também observadas em Goiás e no Distrito Federal.

As exportações brasileiras de carne de aves e miudezas comestíveis, tanto frescas quanto congeladas, totalizaram US$ 729,607 milhões em outubro, resultando em uma média diária de US$ 38,4 milhões. A quantidade exportada atingiu 380,961 mil toneladas, com um preço médio de US$ 1.915,2 por tonelada. Em comparação com outubro de 2023, os dados refletem um crescimento de 21,9% no valor médio diário, 12,5% na quantidade média diária e 8,3% no preço médio, conforme divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior.