No entanto, em valores reais (isto é, considerando-se o número de dias de cada mês ou, então, a produção média diária) os resultados são bem diferentes.

Assim, como aponta o gráfico abaixo, nos 31 dias de dezembro de 2012 obteve-se produção real muito similar à alcançada três meses antes, nos 30 dias do mês de setembro. Mas, em ambos os casos, os volumes registrados estiveram entre os menores dos últimos 36 meses, pois situaram-se aquém do que foi produzido desde março de 2010, só superando (por pequena margem) a produção de janeiro e fevereiro daquele ano.

Mas o que mais ressalta no gráfico é o antagonismo entre os meses de dezembro de 2011 e dezembro de 2012. No primeiro, alcançou-se produção média diária superior a 18 milhões de cabeças – um recorde ainda não superado e que representou aumentou de mais de 6% sobre o ano anterior ou de quase 25% sobre dezembro de 2008; e no segundo (dezembro de 2012) o volume diário ficou pouco acima de 16 milhões de cabeças/dia, quase o mesmo volume registrado três anos atrás.

Isso, sem dúvida, ajuda a explicar porque o preço médio do frango (vivo e abatido) nos primeiros 36 dias de 2013 vem sendo superior ao registrado, por exemplo, entre novembro e dezembro de 2012, meses considerados excepcionais para a comercialização do produto. Como explica porque há um ano os valores recebidos sofreram fortíssima retração, desencadeando uma crise que até hoje não foi superada. É lição que jamais deveria ser esquecida.