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Pintos de corte: semestre foi iniciado com o menor volume real em três meses

Rompeu-se a praxe que apontava que, salvo raríssimas exceções, o segundo semestre de cada exercício é iniciado com volume mensal superior ao dos seis meses anteriores


Publicado em: 14/09/2012 às 11:10hs

Pintos de corte: semestre foi iniciado com o menor volume real em três meses

Em julho passado, conforme a APINCO, o volume de pintos de corte produzidos no Brasil foi, nominalmente, muito similar ao registrado no mês anterior, junho de 2012, com variação positiva de apenas 0,07%. Mas como julho tem 31 dias, os 515,160 milhões de pintos de corte do mês corresponderam, em termos reais, a uma redução de 3,16% sobre os 514,783 milhões de pintos de corte registrados no fechamento do semestre.

Comparativamente ao mesmo mês do ano passado, o volume de julho de 2012 significou aumento de 2,65%. Mas o incremento registrado fica limitado a isso porque, por exemplo, considerada a produção diária, o volume de julho passado é o menor do trimestre maio/julho.

Com a produção de julho, o volume de pintos de corte de 2012 soma, até julho, pouco mais de 3,521 bilhões de cabeças e apresenta recuo de 1,21% sobre idêntico período de 2011. Mantida no restante do ano, a produção média alcançada nesses sete meses – 503.036 milhões/mês – projeta para 2012 volume da ordem de 6,036 bilhões, 3,3% menos que o registrado no ano passado (perto de 6,245 bilhões de cabeças em 2011).

Porém, considerando-se o que vem ocorrendo no setor de julho para cá, é pouquíssimo provável que a média dos cinco meses remanescentes do ano alcance os 500 milhões de cabeças. Assim, o recuo tende a ser ainda maior que o projetado.

Como comentário adicional, vale observar que no momento (fim da primeira quinzena de setembro) começam a ser abatidos os pintos alojados nos primeiros dias de agosto. Os dados sobre a produção do último mês não serão conhecidos tão cedo, mas é previsível que a produção de agosto foi menor que a de julho, já que no mês os problemas de falta de recursos para cobrir os custos de arraçoamento se exacerbaram de forma radical. Daí a conclusão de que a oferta de frango será, doravante, decrescente em relação ao que vinha sendo ofertado nas semanas anteriores. É um decréscimo, aliás, que pode se acentuar em outubro vindouro.

Fonte: Avisite

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