Publicado em: 30/07/2013 às 11:40hs
É verdade que os números do IBGE referem-se exclusivamente à disponibilidade interna registrada a partir de estabelecimentos de abate com algum tipo de inspeção sanitária – federal, estadual ou municipal. É verdade, também, que os resultados mais recentes do IBGE se referem apenas ao primeiro trimestre do ano. Ainda assim, a diferença entre um dado e outro continua sendo significativa – de 1,5% para 15%.
Aliás, este último índice é encontrado quando se compara o volume médio mensal de carne de frango disponibilizado em nível interno pelos estabelecimentos inspecionados no primeiro trimestre de 2013 com o dado relativo ao primeiro trimestre de 2010. O incremento é de 15,67%. Será real?
Sim, é real. No entanto tudo indica que a variação registrada decorre muito mais do aumento no número de estabelecimentos inspecionados – eram 367 em 2010; subiram para 407 em 2013 – do que, propriamente, de um aumento de produção.
Em outras palavras, foi o número de estabelecimentos inspecionados que aumentou – nada menos de 10,9% no espaço de três anos. E Isso fica mais claro quando se constata que o número total de cabeças abatidas nos estabelecimentos inspecionados também registrou variação na mesma proporção, aumentando pouco mais de 10% nesse espaço de tempo.
Tal resultado leva à conclusão de que, se ocorreu algum aumento efetivo acima desses níveis, ele só pode ser devido ao aumento do peso médio dos frangos abatidos. E, realmente, comparado o peso médio de 2013 (2,165 kg/cabeça) com o de 2010 (2,096 kg/cabeça) constata-se que nesses três anos ele aumentou 3,29%.
Em suma: o que aumentou, na verdade, foi o volume de produto sob inspeção. Já a oferta global (produto inspecionado e não inspecionado) parece continuar a mesma de 2010.
Fonte: Avisite
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