Avicultura

OCESC Alerta sobre a Doença de Newcastle e Medidas de Contenção

Entidade destaca o esforço da Cidasc para proteger o estado e prevenir impactos econômicos no setor avícola


Publicado em: 25/07/2024 às 16:00hs

OCESC Alerta sobre a Doença de Newcastle e Medidas de Contenção

A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC) manifestou sua preocupação com a recente confirmação de um foco de Doença de Newcastle (DNC) no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. A entidade se uniu a outras organizações do agronegócio para enfrentar os potenciais riscos associados a essa enfermidade.

Vanir Zanatta, presidente da OCESC, elogiou o trabalho imediato da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), que iniciou ações sanitárias específicas para proteger o estado e assegurar a confiança dos mercados internacionais. Zanatta destacou que a doença pode causar grandes perdas econômicas devido à restrição no comércio exterior e à suspensão das exportações de aves e produtos avícolas.

Entre as medidas adotadas estão a análise rigorosa da movimentação de animais e produtos da região afetada, a intensificação da vigilância em propriedades que receberam animais daquela área nos últimos 30 dias, e a orientação aos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFFs) da divisa sul para a desinfecção de veículos provenientes da região contaminada.

Os veterinários da Cidasc também foram instruídos a realizar uma avaliação cuidadosa de casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN), condição na qual se enquadram a Doença de Newcastle e a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). A Cidasc reforçará as orientações durante as vigilâncias e certificações de rotina em plantéis comerciais e de subsistência, além de enfatizar a importância da biosseguridade para prevenir doenças aviárias.

Zanatta ressaltou que Santa Catarina é reconhecida como uma "ilha de sanidade" no Brasil, destacando a qualidade do sistema sanitário do estado, fruto dos esforços conjuntos de produtores rurais, agroindústrias e governo. Ele enfatizou que a excelência no controle de doenças é um dos motivos pelo qual o estado é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil.

O compromisso com a biosseguridade é crucial para manter o estado livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade e Doença de Newcastle. Essas doenças são transmitidas pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, e a biosseguridade envolve práticas como a cloração da água e a restrição de acesso às granjas, visando evitar o contato com aves silvestres.

A Doença de Newcastle, de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sintomas respiratórios, manifestações nervosas e alta mortalidade em pouco tempo. O vírus responsável, pertencente ao grupo Paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), foi detectado pela última vez no Brasil em 2006, em aves de subsistência nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. A doença requer comunicação imediata ao Serviço Veterinário Oficial (SVO), representado pela Cidasc e pelo Ministério da Agricultura.

Fonte: Portal do Agronegócio

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