Avicultura

Momento positivo da avicultura contrasta com falta de incentivo

O atual cenário da avicultura brasileira e as perspectivas de crescimento do setor, bem como os desafios, foram debatidos durante o 8º Encontro Mercolab de Avicultura, realizado ontem em Cascavel


Publicado em: 12/06/2012 às 17:40hs

Momento positivo da avicultura contrasta com falta de incentivo

Mais de 250 empresários e produtores do setor estiveram reunidos na Acic, onde foram apresentadas palestras com especialistas no assunto e discutidas estratégias de crescimento da atividade nos mercados interno e externo.

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, foi categórico ao afirmar que cerca de R$ 100 milhões são perdidos todos os anos na região Oeste pela falta de investimentos que facilitem o transporte de cargas. Ele se referiu aos principais entraves dos avicultores para aumentar a produção de carne de frango.

Para o ex-ministro da Agricultura e atual presidente da Ubabef (União Brasileira de Avicultura), Francisco Turra, os custos elevados com portos, rodovias, distâncias, impostos, energia e mão de obra prejudicam a competitividade do setor. “Passamos por um momento difícil por falta de uma ação concreta do governo, que se preocupa mais com outros setores. Somos excluídos de um programa de incentivo, ou seja, pagamos por ser eficientes. Está na hora de o governo saber que somos geradores de empregos. Ocupamos uma função importante na economia”, completou Turra. Atualmente, a avicultura é geradora de 10% do PIB do agronegócio e 3% do PIB global do Brasil. Ao todo, são 3,5 milhões de empregos diretos pelo setor.

ESTOQUES

Debatedor do 8º Encontro Mercolab de Avicultura, o diretor-presidente da Globoaves, Roberto Kaefer, considerou a discussão em torno do excesso de estoques como uma forma de alertar os avicultores sobre as consequências econômicas que a abundância do produto gera no mercado interno. “Tudo que é sobra tem preço baixo. É preciso chamar a atenção da cadeia produtiva para que se mantenha uma produção regulada: nossas exportações estão crescendo, mas o consumo está no máximo. Somos o maior consumidor mundial e não cresceremos mais do que isso nesse momento”.

Fonte: O Paraná

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