Publicado em: 20/12/2024 às 16:00hs
O mercado de carne de frango no Brasil apresentou comportamentos distintos nas diferentes regiões do país ao longo da semana. De acordo com Allan Maia, analista da Safras & Mercado, os preços do quilo vivo e dos cortes negociados no atacado e na distribuição variaram conforme a localidade. No Nordeste, houve queda nos valores, enquanto o Centro-Sul registrou altas, reflexo de uma oferta ajustada e boa reposição ao longo da cadeia produtiva, o que contribuiu para a formação de preços mais elevados.
No mercado atacadista, a estabilidade predominou, com os agentes atentos à evolução do consumo. A expectativa é de uma demanda aquecida até o fim do ano, impulsionada pelas festividades natalinas e pela atratividade da carne de frango em relação às carnes concorrentes, especialmente a bovina. Esse cenário é favorecido pela maior capitalização das famílias nesse período.
A valorização do dólar também influenciou o setor, favorecendo as exportações, mas elevando os custos de produção. Segundo Maia, o desafio do setor reside em equilibrar as vantagens competitivas no mercado internacional com as pressões internas de custo.
Levantamentos da Safras & Mercado apontaram oscilações nos preços dos cortes congelados e resfriados em São Paulo. Confira as principais cotações da semana:
Congelados (atacado):
Congelados (distribuição):
Resfriados (atacado):
Resfriados (distribuição):
Nas principais praças de comercialização, o preço do quilo vivo também apresentou diferenças. Em Minas Gerais e São Paulo, os valores permaneceram estáveis em R$ 5,50 e R$ 5,60, respectivamente. Já na integração catarinense, houve alta de R$ 4,25 para R$ 4,50. No oeste do Paraná, a cotação subiu de R$ 4,00 para R$ 4,55, enquanto no Rio Grande do Sul permaneceu em R$ 4,00.
No Nordeste, o cenário foi de recuo expressivo. Em Pernambuco, o preço caiu de R$ 9,00 para R$ 7,50; no Ceará, de R$ 8,90 para R$ 7,20; e no Pará, de R$ 9,25 para R$ 8,20.
As exportações brasileiras de carne de aves, incluindo miudezas comestíveis, renderam US$ 390,3 milhões nos primeiros 10 dias úteis de dezembro de 2024, com uma média diária de US$ 39,03 milhões. No total, foram exportadas 209,6 mil toneladas, a um preço médio de US$ 1.861,8 por tonelada.
Em relação a dezembro de 2023, os resultados mostraram:
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, destacando a competitividade do setor brasileiro mesmo diante de desafios logísticos e produtivos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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