Mas o produtor de São Paulo já começava a esquecer o que seja uma alta de preços do frango vivo, visto que sua última comemoração do gênero ocorreu no ano passado, mais exatamente no dia 13 de dezembro de 2012.

Ontem esse “jejum” de mais de seis meses foi quebrado. Pois o frango vivo comercializado no interior paulista obteve – enfim! – a primeira alta de 2013. Pequena, é verdade, já que de apenas cinco centavos. Mas ainda assim uma alta, cujo condão principal foi romper o quadro de inércia enfrentado pelo setor há vários meses e sinalizar momentos melhores para atividade.

Em outras palavras, o ocorrido ontem não deve cessar tão cedo. Pois um outro indicador das condições de oferta no setor – o mercado do frango vivo de Minas Gerais – segue em valorização. Obteve ontem seu terceiro reajuste consecutivo desta semana e, com isso, a produção local já está sendo comercializada por R$2,10/kg. Ou seja: São Paulo, com o frango vivo cotado a R$1,85/kg ainda tende a avançar. Inclusive porque, a diferença de preço entre os dois estados tem girado, na média, em torno dos 10 centavos. E no momento se encontra em 25 centavos.

Mas não é só por isso que o preço do frango vivo precisa e deve avançar. No último aumento anterior, ocorrido no final de 2012, seu preço subiu para R$3,00/kg. Agora, ainda continua mais de 38% abaixo desse valor. E, nesse espaço de tempo, o recuo de preços do milho não foi além de 25% e o do farelo de soja não chegou a 10%. Isso, sem contar que os demais custos continuaram subindo significativamente, em especial o dos insumos dolarizados, utilizados em grande escala na produção do frango.

Em suma, por enquanto ainda se opera abaixo do custo. Mas não só isso, pois o preço atual permanece, nominalmente, aquém daquele recebido um ano atrás, nesta mesma ocasião.