Pois embora, normalmente, nesse dia da semana não ocorram remanejamentos de preço (os abatedouros permanecem fora do mercado, restrito às pequenas avícolas), desta vez a ampliação da oferta (engrossada por produto vindo de integrações) fragilizou totalmente as negociações.

Em São Paulo, elas foram fechadas com valor cinco centavos inferior ao que vinha vigorando ultimamente. Assim, na mesma data em que completaria 30 dias de preço estável em R$1,90/kg, o frango vivo paulista foi comercializado por R$1,85/kg. E o de Minas Gerais, que na véspera já havia sofrido um recuo de cinco centavos, voltou a sofrer nova redução em idêntico valor, sendo negociado também por R$1,85/kg.

Em Minas, a perda parou por aí. Mas não em São Paulo, onde as negociações de sábado (abates desta segunda-feira, 16 de julho) foram realizadas por R$1,80/kg, valor que vigorou pela última vez pouco mais de um mês atrás, quando se iniciou movimento de alta do produto – supostamente de longa duração. Não foi o que se viu.

Curiosamente, o frango vivo apresenta, neste mês, movimento inverso ao registrado um ano atrás, como deixa claro o gráfico abaixo. Assim, ainda que tenha encerrado a quinzena com um valor cerca de 6% superior ao de um ano atrás, em 14 de julho, agora corre o risco de encerrar o mês com cotação no mínimo 5% menor que a do final de julho de 2011.

Infelizmente, porém, a queda pode ser ainda maior, pois estamos na segunda quinzena do mês e as negociações, daqui para frente, tendem a um travamento geral imposto pelo fraco desempenho da economia e agravado pelo mês de férias. E isso é simplesmente trágico para um setor que, sem ter se recomposto, volta a operar com preços onerosos.