Como resultado, não foi difícil para os produtores obterem um ajuste de cinco centavos, o que elevou o preço do frango vivo para R$1,85/kg no mercado paulista e para R$1,95/kg no mercado mineiro.

Essa foi a terceira alta do mês e, por ter ocorrido numa segunda-feira, dá a exata medida das condições de mercado, confirmando que a produção é decrescente (vide a propósito, entre as notícias de hoje, as informações sobre a produção de pintos de corte de abril, justamente a que está proporcionando os frangos que vêm sendo abatidos neste momento) e que só não houve uma reação anterior porque havia formação de estoques, hoje provavelmente esgotados.

A despeito, porém, da alta de quase 9% entre os dias 1 e 11 de junho, não há, por ora, o que comemorar. Pois o preço médio alcançado no mês, agora em R$1,77/kg, permanece oneroso para o produtor (lembrar, a propósito, que o custo da Embrapa Suínos e Aves calculado para o mês de março já havia sido superior a R$1,80/kg). Assim, vai ser preciso, ainda, um bom espaço de tempo até que o frango volte a proporcionar algum lucro para seus criadores. Ou – como alertou recentemente o Rabobank reativação do mercado, só no segundo semestre.