Publicado em: 02/12/2024 às 13:40hs
O mercado de frango abatido teve desempenho notável na última semana de novembro de 2024, com a cotação atingindo níveis que não eram vistos desde 2021. Na quinta e última semana do mês (de 24 a 30 de novembro), o valor médio do produto foi de R$8,18/kg, o que representou uma valorização anual superior a 9%. Além disso, em relação ao mês anterior, o preço teve um aumento de 8%, alcançando um valor de R$8,24/kg no dia 27 de novembro.
Apesar de um leve esfriamento nos preços nos últimos dias de negócios de novembro (28 e 29), o valor alcançado foi impulsionado pela forte alta dos preços das carnes, especialmente do boi, no período de entressafra, que vai de julho a novembro. O frango acompanhou essa tendência de valorização, assim como o suíno, mas o mercado começou a mostrar sinais de esmorecimento nas vésperas das festividades de fim de ano e do pagamento da primeira parcela do 13º salário.
Em relação ao frango vivo, produtores independentes de São Paulo conseguiram, após uma demanda atípica pela ave, um reajuste de R$0,10 no preço, atingindo R$5,60/kg no último sábado (30 de novembro). Esse aumento representa o primeiro registro de preço superior ao de R$5,50/kg, que foi praticado entre setembro e dezembro de 2022. Em Minas Gerais, o preço do frango vivo permaneceu estável em R$5,50/kg desde o reajuste de 19 de novembro.
Nos 14 meses anteriores (de setembro de 2023 a outubro de 2024), o frango abatido apresentou uma média de preço de R$7,36/kg, com variação de apenas meio por cento ao mês. Já em novembro, os preços tiveram uma variação de 9% em relação à média dos meses anteriores, com uma diferença de mais de 9% entre o menor e o maior preço registrado.
Embora o resultado excepcional de novembro não impacte de forma significativa o valor médio do ano, que ainda se mantém em torno de R$7,00/kg, o preço registrado em novembro (R$7,44/kg) é 9% superior ao do ano anterior, quando foi de R$6,82/kg. Considerando a inflação do período, esse aumento é de 5%. Em comparação com 2021, a média de 2024 é apenas 3% superior, mas, em termos reais (ajustados pela inflação), o valor é mais de 10% inferior ao de dois anos atrás.
Fonte: Portal do Agronegócio
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