Avicultura

FAO: baixa lucratividade limita crescimento da produção avícola em 2012

A produção mundial não chega a crescer 2% e deve situar-se em torno de 103,5 milhões de toneladas.


Publicado em: 08/05/2012 às 15:30hs

FAO: baixa lucratividade limita crescimento da produção avícola em 2012

Em seu primeiro levantamento sobre as tendências de produção para 2012, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) comenta que o setor avícola, historicamente um dos mais dinâmicos do segmento de carnes, vem tendo seu crescimento afetado pelos altos custos dos insumos, pelo ressurgimento de surtos de Influenza Aviária na Ásia e por disputas comerciais. Em decorrência, a produção mundial não chega a crescer 2% e deve situar-se em torno de 103,5 milhões de toneladas.

À primeira vista, a maior parte do aumento previsto tende a se concentrar na Ásia, especialmente na China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Turquia. No entanto, os casos crescentes de Influenza Aviária – em fevereiro, sete países asiáticos (um número recorde) notificaram casos da doença – levantam dúvidas quanto às perspectivas de aumentos significativos na região.

Em Bangladesh cerca de seis mil granjas foram fechadas desde o início do ano por conta não só da gripe aviária, mas também dos altos custos de arraçoamento. E na África, a propagação da doença pelo Egito deve afetar o desenvolvimento do setor avícola no corrente exercício.

A queda no alojamento de pintos de corte no início de 2012 indica produção declinante nos EUA, enquanto cresce ligeiramente a produção europeia – dois comportamentos opostos, mas que apontam para a estabilidade da produção nos países desenvolvidos.

Isso sugere expansão maior nos países em desenvolvimento. E o destaque é a Rússia, que lançou dez novos projetos de investimento em 2012 e deve crescer pelo menos 6%, chegando aos 3 milhões de toneladas de carnes avícolas. No Brasil a produção deve aumentar 3% e aproximar-se dos 12 milhões de toneladas (a FAO estimou, para o ano passado, 11,641 milhões de toneladas). Isto, a despeito da queda de preços do início do ano ter levantado sérias preocupações no setor produtivo.

O México também merece referência da FAO, que aponta aumento de 2% e produção de 2,9 milhões de toneladas, por conta da integração vertical do sistema produtivo e do preço elevado das demais carnes. Saltando para a África a FAO observa que apesar de alguns governos locais – como o da Namíbia – virem investindo pesadamente na produção avícola, fatores como o custo elevado dos insumos e a concorrência dos produtos importados dificultam o aumento do volume produzido. São citados, especificamente, Gana, Angola, Benin e Congo.

Ainda na África e finalizando seus comentários sobre as tendências da produção avícola mundial em 2012, a FAO observa que, em função da adoção de medidas anti-dumping sobre as importações avícolas provenientes dos EUA e do Brasil, são ascendentes as perspectivas de produção da África do Sul.

O quadro abaixo reúne os 10 principais países produtores citados pela FAO, alem de apontar a tendência de produção entre os países em desenvolvimento e os já desenvolvidos.

Fonte: Avisite

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