E a melhor indicação nesse sentido vem do levantamento dos custos de produção efetuado pela Embrapa Suínos e Aves. Não estão disponíveis, ainda, os dados mais recentes (abril de 2012) sobre esses custos. Assim, recorrendo à última informação divulgada, constata-se que no mês de março e no estado do Paraná, a produção de um quilograma de frango custava R$1,835. Uma vez que, de lá para cá, os custos permaneceram em ascensão, só se pode concluir que o avicultor continua pagando para produzir. Até quando?

Não há, até aqui, sinais de reativação dos preços no curto prazo, mesmo porque caminhamos para o final do mês. Mas, pelo que anota a Jox Assessoria Agropecuária, já se observam mudanças de comportamento que podem, em breve, conduzir a uma retomada do mercado. Por exemplo, caiu ligeiramente a oferta, no mercado independente, de frangos vivos criados por integrações (normalmente, abatidos por elas próprias). Além disso, o peso médio do frango pronto para o abate – que havia aumentado significativamente com as recentes baixas de temperatura e vinha neutralizando uma decantada redução no número de cabeças disponíveis para o abate – está retornando aos padrões habituais.

A aproximação do final de mês, como já foi dito, tolhe qualquer expectativa de melhora dos preços atuais. Mas o risco de novas baixas (comuns a todo final de mês) parece estar afastado. Melhor é que o setor caminha para momentos bem mais favoráveis que os até aqui experimentados.