Com a crise econômica de 2008 (gerada nos EUA, mas disseminada pelo mundo inteiro) era natural que ocorresse, no ano seguinte, declínio da produção. Mas o recuo teve curta duração, pois em 2010 o volume produzido retornou ao nível anterior, superando o que foi produzido dois anos antes por pequena margem.

Porém, mesmo não havendo crescimento real, o volume produzido mostrou-se excessivo, pois gerou altos prejuízos na atividade. Com perdas, aliás, que se estenderam a 2011, ainda que a produção tenha registrado novo retrocesso.

A redução observada em 2012, responsável por conduzir a atividade ao mais baixo volume do último quinquênio, não é efeito direto da crise de custos enfrentada generalizadamente no exercício que passou e, sim, resultado de um posicionamento do setor produtivo, que decidiu dar um basta aos prejuízos contínuos e se preparou para produzir menos.

Tudo indica que a diretriz adotada deu certo, fato comprovado pelos recentes balanços trimestrais das empresas avícolas norte-americanas.

Mas a melhor demonstração da eficiência da política adotada é observada na manutenção da diretriz anterior: a avicultura dos EUA está entrando em 2013 com uma capacidade de produção ainda menor que a do ano passado. Ou seja: está preocupada não com o volume produzido e, sim, com o retorno financeiro obtido.