O recorde foi consequência do bom desempenho experimentado pelo setor em maio, ocasião em que se registrou recorde no volume embarcado também em termos mensais. Já os retrocessos posteriores refletem as quedas de embarque ocorridas em junho e julho. Mas a tendência, para agosto corrente, é a de que os embarques anualizados voltem a ficar aquém dos 4 milhões de toneladas.

Para que isso não ocorresse seria necessário que o volume embarcado neste mês alcançasse, pelo menos, 352 mil toneladas, algo difícil de obter se considerados os resultados dos últimos dois meses (307,2 mil/t em junho; 312,3 mil/t em julho). Mas o que mais aponta na direção de uma queda em relação ao bimestre passado (e, mesmo, a outros meses anteriores), é o fato de nos oito primeiros dias úteis deste mês os embarques de carne de frango in natura terem ficado em apenas 10,8 mil toneladas diárias.

Isso, projetado para os 23 dias úteis de agosto corrente, aponta volume próximo de 250 mil toneladas apenas para o produto in natura. Somadas a elas outras 37 mil toneladas de industrializados e de carne de frango salgada (média registrada nos últimos 12 meses), o volume final ficará próximo das 290 mil toneladas, superando apenas o que foi exportado em fevereiro, um mês mais curto que agosto.

Detalhe: em parte dos oito primeiros dias de agosto considerados pela SECEX/MDIC os embarques de carne de frango foram normais, ou seja, não enfrentaram movimentos grevistas. Quer dizer: o resultado do mês tende a ser ainda menor que o acima projetado.