Publicado em: 27/07/2012 às 12:50hs
A cotação ora alcançada – R$1,90/kg – permanece a relativa distância daquela registrada apenas um mês atrás, nesta mesma ocasião, quando o frango vivo foi negociado por R$2,00/kg em Minas Gerais. Da mesma forma, continua inferior à obtida na abertura de julho, ocasião em que o produto foi cotado a R$1,95/kg. De toda forma representa recuperação, alvissareira na medida em que ocorre no final do mês.
Porém, vai ser preciso mais, muito mais. Porque – cálculos da semana passada, com certeza já superados – o custo de produção não está sendo inferior a R$2,15/kg, o que agrava a onerosidade do produto e inviabiliza a manutenção da produção nos níveis atuais.
Mas como o ciclo completo de produção de um frango tem pouco mais de 60 dias, os efeitos do verdadeiro desastre que vem se abatendo sobre a atividade somente se tornarão mais visíveis a partir de setembro.
Porém, ainda que doravante o frango (vivo e abatido) registre retomada contínua de preços, permanece grande a distância entre o custo (que não para de aumentar) e um preço de venda remunerador. Que, por sua vez, pode não ser bem recebido consumidor.
Isso força o setor (já obrigado a uma redução compulsória por absoluto esgotamento financeiro) a reduzir ainda mais o ritmo produtivo. A questão é: quem sobreviverá a esse processo de deterioração – que não é novo, apenas tornou-se mais grave nos últimos tempos?
Fonte: Avisite
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