Publicado em: 24/07/2013 às 10:50hs
E como tais “ganhos”, embora em índices menores, se repetiram por nove meses consecutivos, é natural pressupor-se forte capitalização do produtor – ainda que entre janeiro e junho deste ano o preço recebido só tenha feito recuar.
Nada mais falso, porém. Pois os “ganhos” registrados a partir de agosto de 2012 são apenas o reflexo da forte desaceleração registrada no setor com a elevação de custos enfrentada desde o início do exercício passado. Assim, o grande diferencial entre preço e custo ocorrido principalmente no trimestre dezembro/12-fevereiro/13 resultou somente da saída de muitos produtores do mercado e de uma decorrente queda na oferta do produto. Mesmo assim, as margens atingidas continuaram insuficientes para repor as perdas acumuladas.
Agora, porém, o mais preocupante é constatar que aquele diferencial antes existente diluiu-se nos dois últimos meses do primeiro semestre. Em maio, ainda que por margem mínima, o custo de produção voltou a superar o valor recebido pelo produtor. E, fechando o semestre, a perda se acentuou em junho.
Aparentemente, depois dos reajustes mais recentes, o frango vivo voltou a proporcionar alguma margem a seus produtores. Mas se isso estiver ocorrendo, é preciso atenção para que não hajam futuras novas deteriorações.
Em que pese a boa disponibilidade de matérias-primas no corrente exercício, os custos, doravante, só tendem a aumentar. Mas, devido às condições econômicas do consumidor e do próprio País, o preço recebido tende à estabilidade e deve, de agosto em diante, apresentar evolução negativa em relação ao mesmo mês do ano passado. Cuidado, portanto.
Fonte: Avisite
◄ Leia outras notícias