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Em junho, frango vivo volta a ter preço negativo em relação a 2012

Com a cotação referencial inalterada em R$1,80/kg (mas com relatos de negócios a valores inferiores), o frango vivo comercializado no interior paulista completou ontem 37 dias do que se convencionou chamar de ?preço estável?


Publicado em: 06/06/2013 às 10:40hs

Em junho, frango vivo volta a ter preço negativo em relação a 2012

É, sem dúvida, um longo período, já que abrange três meses (final de abril, maio passado e junho corrente) e tende a se igualar ou mesmo superar a também longa estabilidade observada entre meados de janeiro e a maior parte de fevereiro deste ano, ocasião em que a cotação permaneceu inalterada por 39 dias.

Mas a similaridade entre esses dois momentos para por aí, no espaço de tempo em que o preço do frango vivo manteve-se inalterado. Porque no mais a diferença – pode-se dizer – é abissal.

Por exemplo, em parte de janeiro e fevereiro o preço então alcançado pelo produto situou-se mais de 80% acima do valor registrado um ano antes, o que permitiu não só cobrir os custos elevados até então enfrentados, mas também proporcionou retorno financeiro ao produtor.

Agora, com a estabilidade que vem desde abril, o valor recebido é perto de 3% menor que a média registrada em junho do ano passado, ou seja, volta a apresentar evolução negativa pela primeira vez em quase 15 meses, visto que o último registro do gênero data de abril de 2012.

Uma vez que, do final do ano passado para cá, os preços do milho (principal insumo do frango) sofreram substancial recuo, muita gente pode inferir que a situação continua sob controle. Mas não é bem assim. Pois enquanto a remuneração obtida pelo frango é inferior à do mesmo mês do ano passado, o preço pago pelo milho é, no momento, quase 15% superior ao valor médio alcançado em junho do ano passado.

Em síntese, se há um ano o produtor já não obtinha qualquer retorno pelo que produzia (o custo então levantado pela Embrapa Suínos e Aves para o estado do Paraná ficou próximo de R$1,85/kg), hoje seu prejuízo está sendo ainda maior. Considere-se, apenas, a inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Fonte: Avisite

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